08/Jun/2022

Segundo o Rabobank, os primeiros sinais de diminuição da confiança do consumidor estão aparentes na maior parte dos mercados globais, o que tem pressionado os preços de carne bovina no atacado mesmo com a alta dos custos de produção. Um ajuste para baixo nos preços do boi e nos custos de insumos será necessário para restaurar as margens de processadoras e manter a competitividade da carne bovina. São esperados ajustes no consumo e nas margens em todos os mercados à medida que nos aproximamos do terceiro trimestre.

Lockdowns em importantes cidades chinesas devem inibir ainda mais a demanda por carne bovina. Isso restringiu as vendas no segmento de food service e as vendas online, por causa da escassez de entregadores. Como resultado, as importações chinesas de carne bovina diminuíram no primeiro trimestre, e devem cair no segundo trimestre. A manutenção das medidas restritivas vai afetar as importações chinesas em todo o ano de 2022.

Apesar disso, é esperado que as importações chinesas de carne bovina do Brasil retornem a níveis normais no segundo trimestre, com o aumento dos embarques brasileiros. Porém, que a China suspendeu a importação de algumas unidades brasileiras e o alto preço da carne do Brasil afetará o ritmo dos embarques. As importações japonesas de carne bovina vêm caindo na comparação anual desde novembro do ano passado. Em março de 2022, os volumes caíram 26,6% e ficaram abaixo dos níveis anteriores à pandemia, por causa dos altos preços do produto norte-americano e australiano.

Embora seja esperada uma recuperação gradual do setor de food service, o consumo de carne bovina em casa tem permanecido baixo desde outubro de 2021. Em contraste, as importações de carne suína e de frango continuam aumentando. O preço da carne bovina importada continuará alto no Japão, refletindo impactos do conflito Rússia-Ucrânia, problemas na cadeia de suprimentos e restrições associadas à pandemia de Covid-19. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.