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07/Jun/2022

CYNS utiliza larvas para produção de ração animal

A empresa Cyns tornou-se a primeira do País a obter a licença do Ministério da Agricultura para processar insetos e criar farinhas e larvas desidratadas para ração em escala comercial. Foram investidos R$ 5 milhões para montar a Cyns e provar que os insetos são potentes fontes de proteínas para os animais. No momento, a empresa tem capacidade de produzir 1 tonelada de farinha por dia, mas a intenção é chegar a 10 toneladas ao dia até o fim do ano. Para isso, os sócios da empresa pretendem lançar rodadas de investimento. O objetivo é crescer em módulos. A empresa está em busca de investidor pessoa física, fundos de investimento, indústrias e outro grupos, do Brasil e do exterior.

Atualmente, os clientes da Cyns são companhias formuladoras de ração com grande demanda pela farinha de larvas. Tudo o que produzido atualmente é vendido. Na linha de insetos desidratados, os clientes são criadores de animais exóticos e peixes, mas também há demanda entre fabricantes de rações para pets. A Cyns usa a mosca negra, que tem como grande diferencial a capacidade de se alimentar de resíduos industriais sem deixar rastro de contaminação, o que reduz a pegada de carbono da cadeia. Além disso, o produto é agradável ao paladar dos animais e facilmente digerível. A farinha de larvas de mosca tem uma concentração média de proteína 60% superior à de outras fontes com que se faz ração, como peixe, carne e osso.

A criação é feita separada do abate, em canteiros, como manda a legislação. A engorda da larva ocorre em uma semana. O ciclo todo, do ovo ao produto final, leva 12 dias. A mosca negra é mais produtiva que outros insetos, como grilos ou tenébrios. A cada dez dias, produz-se 30 quilos de larva viva por metro quadrado, o que equivale a 10 quilos de proteína bruta. A Cyns também quer utilizar o óleo proveniente do abate das moscas como complemento para ração. Esse óleo está sendo enviado para testes em indústrias de cosméticos. No futuro, a empresa pretende ainda obter o registro para produção de farinha para alimentação humana. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.