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31/Mai/2022

PR: novo status sanitário impulsiona investimentos

O reconhecimento internacional do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação completou um ano no dia 27 de maio. Em 2021, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) concedeu ao Paraná, por meio da chancela ao bom trabalho de sanidade agropecuária, uma credencial para abrir mercados para as proteínas animais produzidas no Estado, com a possibilidade de comercialização a países que pagam melhor pelo produto. A união foi fundamental para a classificação como zona livre de peste suína clássica (PSC) independente, confirmando o Paraná fora de um grupo atualmente formado por 11 Estados, o que garante maior proteção internamente e vantagens sanitárias aos produtores locais no mercado internacional. Os reflexos dessas duas conquistas já podem ser notados pelo volume de investimentos que indústrias do setor de proteínas animais realizam nas cadeias de suínos, peixes, frangos, leite e pecuária bovina de corte.

Tendo como premissa que a mudança em relação à sanidade bovina também reflete na busca por outras proteínas animais, nos últimos anos, cerca de 30 frigoríficos anunciaram a instalação ou ampliação de unidades no Paraná. Os investimentos já anunciados ou previstos somam aproximadamente R$ 6,6 bilhões em pelo menos 23 municípios, gerando cerca de 14 mil empregos diretos. Para o setor privado, o status garantiu mais segurança para investimentos. A Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol) estabeleceu um projeto de crescimento e já começou a investir. Em Assis Chateaubriand, o Frigorífico da Frimesa (resultado da união das cooperativas Copacol, C. Vale, Lar, Primato e Copagril) deve iniciar as operações em 2023. O valor investido é de R$ 2,5 bilhões. O fato de o Paraná ter se antecipado trouxe benefícios, permitiu acessar novos mercados na suinocultura.

Então, foi possível investir com mais intensidade no aumento da produção de suínos por meio da Frimesa. Os novos projetos incluem outras proteínas. A Copacol adquiriu o frigorífico da Tilápia Pisces, de Toledo, com investimento de R$ 60 milhões. O projeto inclui uma estrutura de meio ambiente para informar e orientar cooperados que estão entrando na atividade de piscicultura e para os que estão ampliando a produção. A unidade de Toledo produz 170 mil tilápias por dia. Em 2025, a meta é 230 mil diariamente. Outro exemplo é a BRF, que vai investir R$ 292 milhões em modernização e ampliação de suas unidades no Paraná. Também foi confirmada a retomada da produção de perus em Francisco Beltrão, no sudoeste do Estado, poucas semanas depois de a planta ter recebido a habilitação para exportar ao México.

A Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento reafirma a diversidade de setores que estão sendo beneficiados pelo novo status sanitário. No setor de piscicultura, por exemplo, Copacol e C. Vale ampliaram sua capacidade; Cocari e Aurora, que atuam em frango e assumiram frigorífico em Alvorada do Sul; a Coopermota, que assumiu indústria em Cornélio Procópio; o grupo Friella, em Santa Helena; a Plusval, em Iporã, e um investimento de R$ 500 milhões em uma fábrica de queijo nos Campos Gerais. Várias regiões estão fazendo grandes, médios e pequenos investimentos. Todos os grandes atores do Paraná estão fazendo investimento. São passos importantes que permitem ao Paraná se tornar ainda mais competitivo no mercado internacional, gerando novos empregos e mais renda. Os números comprovam a força da agropecuária no Estado.

No ano passado, o Paraná ampliou o bom desempenho que tem na produção de proteínas animais. Em 2021, somando-se as carnes bovina, suína e de frango, o Paraná produziu 6,213 milhões de toneladas. Foi o Estado que mais abateu frangos, reforçando a liderança no setor, com 33,6% de participação nacional, o que representa 20,2% acima de Santa Catarina, segundo colocado. Também houve crescimento expressivo na suinocultura, com abate de 786,36 mil cabeças a mais que em 2020. Nesse segmento, o Estado é o segundo colocado, com 20,3% de participação, atrás de Santa Catarina, com 28,4% do abate nacional. Em carne bovina, devido ao fechamento de mercado, particularmente da China, houve redução no abate em todo o País e o Paraná seguiu a tendência, com 238,96 mil cabeças a menos em comparação a 2020, queda de 16,1%. No entanto, os números de produção de proteínas animais continuam em alta. Fonte: Agência Estadual de Notícias. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.