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26/Mai/2022

Boi: investimentos resultam em expansão de abates

A aquecida demanda internacional pela carne bovina brasileira e o consequente elevado patamar de preço do boi gordo observados nos últimos anos têm levado pecuaristas a realizarem investimentos no setor. E os resultados começam a ser observados. Segundo dados preliminares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro trimestre de 2022, foram abatidos no Brasil 6,907 milhões de animais, 4,73% a mais que em 2021. Frente ao mesmo período de 2020, observa-se baixa no volume abatido, de 5,07%. O movimento no primeiro trimestre de 2022 pode ser considerado uma recuperação. Vale lembrar que, de janeiro a março de 2021, o volume de bovinos abatidos no Brasil somou apenas 6,595 milhões de cabeças, a menor quantidade para um primeiro trimestre desde 2009. Além disso, a quantidade abatida de janeiro a março de 2022 ficou 2,02% acima da registrada no último trimestre do ano passado.

Ressalta-se, neste ponto, que um movimento de avanço no número de abate entre os trimestres outubro-novembro-dezembro e janeiro-fevereiro-março não era registrado desde 2006 para 2007. E, naquele período, a expansão foi menor que a atual reação, de apenas 1,65%. Para buscar a maior oferta atual, no campo, o pecuarista reteve fêmeas. Dados de março deste ano do IBGE evidenciaram esse cenário. Em 2021, a quantidade de fêmeas (entre vacas e novilhas) abatidas foi a menor em 18 anos. Outro fator que explica o crescimento na oferta no primeiro trimestre é o elevado custo de produção. Assim, quem tinha bois prontos para o abate aproveitou para disponibilizá-lo ao longo de 2022.

Em algumas regiões, a quantidade e a qualidade das pastagens foram prejudicadas pelo menor volume de chuvas, o que resultou em necessidade de giro dos bovinos. O pecuarista também investiu em tecnologia, o que levou a produtividade dos bovinos a renovar o patamar histórico para um primeiro trimestre. Em 2022, foram produzidas, em média, 263,62 Kg por bovino no Brasil, 0,42% superior ao registrado no primeiro trimestre do ano passado, que, até então, sustentava o recorde. Como comparação, no primeiro trimestre de 2013, a média era de 233,46 Kg por bovino, ou seja, uma evolução de mais 30 Kg de carne por bovino. Quando considerada a série completa, o maior número de produtividade foi registrado no quarto trimestre de 2021, quando a média atingiu 281,6 Kg por bovino. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.