25/Mai/2022

Os frigoríficos têm escalas alongadas de abate e demandam pouco no mercado físico do boi gordo. Com isso, a pressão sobre o preço deve persistir nos próximos dias. Mesmo que as chuvas previstas em pastagens de Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul garantam mais alguns dias de suporte para o gado, o movimento geral por parte dos pecuaristas é de entrega das boiadas com o avanço da seca antes que os bois comecem a perder peso. Isso aumenta a oferta e permite que a indústria baixe mais ainda suas indicações de compra.

Além disso, a indústria tem encontrado dificuldades de escoar a carne bovina no mercado doméstico. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 299,50 por arroba à vista e a R$ 310,00 por arroba a prazo. Em Goiás, na região de Mozarlândia, onde o abatedouro da JBS continua suspenso para exportar carne para a China, as boiadas confinadas têm sido encaminhadas para São Paulo, elevando a pressão baixista sobre os preços. Em Minas Gerais, a boi gordo está cotado a R$ 272,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, o consumo restrito da carne bovina, atrelado à maior oferta, pressiona as cotações. Assim, a carcaça casada de bovinos castrados está cotada a R$ 19,41 por Kg, e a carcaça casada de bovinos inteiros é negociada a R$ 17,63 por Kg.