23/Mai/2022

O frio se intensificou em regiões produtoras e a oferta de bois a pasto aumentou em boa parte do País. Em São Paulo, onde as escalas de frigoríficos preenchem, em média, 7 dias úteis, a procura por lotes terminados está mais fraca e os preços registram queda. Agora, o boi gordo está cotado a R$ 302,50 por arroba à vista e a R$ 305,50 por arroba a prazo. A cotação do boi com destino à China é de R$ 315,00 por arroba. As indústrias frigoríficas seguem retraídas, evitando formar estoques nas câmaras frias, em razão de expectativas pessimistas quanto ao consumo interno, ao menos até o fim do mês de maio. De modo geral, o cenário de oferta abundante. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 280,00 por arroba a prazo. Na Bahia, a boa oferta permite que indústrias pressionem os preços e o boi gordo está cotado entre R$ 270,00 e R$ 286,00 por arroba a prazo, a depender da região do Estado.

Nas Regiões Norte e Nordeste do País, as escalas permanecem alongadas, assim como a oferta supera a demanda. No Pará, o boi gordo é negociado a R$ 275,00 por arroba a prazo. Apesar de os preços dos bovinos de reposição estarem em patamares mais atrativos para a atividade de confinamento, o pecuarista deve levar em conta a alta dos custos de produção, sobretudo milho e farelo de soja, que podem, inclusive, inviabilizar o primeiro giro do confinamento. Esses custos colocam em risco também o segundo giro. Diante deste cenário, pode haver forte retração na oferta de bois gordos no segundo semestre, acentuadamente a partir de setembro. Em São Paulo, no atacado, as vendas continuam fracas. A carcaça casada segue sem alterações, sendo comercializada em torno de R$ 19,50 por Kg. Ainda assim, crescem expectativas de novas baixas. O traseiro segue estável, a R$ 24,10 por Kg.