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23/Mai/2022

Frango: poder de compra do consumidor exaurido

Se até recentemente a produção de pintos de corte ajudou a explicar o comportamento dos preços no mercado do frango abatido, de meados de abril para cá deixou de ser um bom indicador. A “lei da oferta e da procura” demonstra que quando a disponibilidade de um produto é excessiva, seus preços retroagem. E vice-versa. No tocante ao frango abatido, isso ficou bem claro nos primeiros 100 dias de 2022, até meados de abril. Como entre parte de janeiro e a primeira quinzena de fevereiro a disponibilidade de frangos prontos para o abate (pintos produzidos no final de 2021) foi elevada frente ao baixo consumo daquele momento, os preços alcançados pelo frango abatido chegaram a retroceder a níveis inferiores aos registrados um ano antes.

Já a queda de oferta observada a partir de fevereiro (pintos de janeiro) propiciou rápida reversão dos preços, movimento que permaneceu por todo o mês de março e se estendeu até meados de abril. Isto a despeito de a oferta aparente do período ter sofrido aumento em relação a idêntico período anterior (de toda forma o volume médio registrado foi cerca de 6% inferior ao de 60 dias antes). Porém, a partir de meados de abril (pintos do mês de março) a subversão é total. A disponibilidade aparente cai e os preços acompanham, processo que se estendeu para maio, apesar de no mês passado as exportações terem aumentado, atingindo o maior volume do ano e um dos maiores da história das exportações.

Ainda não há dados completos para todo o período, mas levando em conta as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a produção de carne de frango no primeiro trimestre de 2020, constata-se que ela aumentou pouco mais de 2%, enquanto as exportações (dados da Secretaria de Comércio Exterior - Secex) aumentaram 10%. Ou seja: a oferta interna foi menor que a de um ano atrás, resultado que deve ter se repetido em abril passado (pois as exportações do mês aumentaram), prosseguindo em maio corrente. Mesmo assim, os preços internos seguem caindo. Tal constatação aponta para o fato de que o mercado interno está muito mais fragilizado do que se imagina. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.