19/Mai/2022

O mercado físico de boi gordo está esvaziado. De um lado, os frigoríficos estão com programações de abate longas, em torno de 9 dias úteis. Em São Paulo há relatos de indústrias com escalas fechadas até o final de maio e, no Paraná, os frigoríficos possuem volumes disponíveis para operação até a primeira quinzena de junho. Do lado da oferta, os pecuaristas aguardam preços mais atrativos para liquidar lotes de bois terminados a pasto.

Em São Paulo, os preços estão recuando e o boi gordo está cotado a R$ 302,50 por arroba à vista e a R$ 326,80 por arroba a prazo. O clima no Centro-Sul do País também contribui para a pressão de preços. A perspectiva é de que as condições climáticas desfavoráveis comprometam a nutrição do gado que ainda é engordado nas pastagens. A Somar Meteorologia informa que a massa de ar polar avança pelo Sul do Brasil e a sensação de frio começa a se intensificar. As geadas podem degradar ainda mais o pasto, o que pode fazer com que pecuaristas aumentem a comercialização desses lotes, uma vez que os confinamentos oferecem um custo de engorda ainda elevado.

Em Rondônia, o aumento na oferta de boiadas terminadas resulta em queda nos preços e o boi gordo é negociado a R$ 260,00 por arroba à vista. O mesmo cenário se repete no Rio de Janeiro, onde a cotação é de R$ 290,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, os preços também estão pressionados, com o boi gordo cotado a R$ 275,00 por arroba à vista e a R$ 280,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, o traseiro do boi segue estável, a R$ 24,10 por Kg.