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18/Mai/2022

Boi: preços pressionados pelo aumento de ofertas

Os frigoríficos que conseguiram alongar suas escalas de abate nas últimas semanas e não veem sinais de que a demanda possa reagir num futuro próximo devem começar a pressionar os preços do boi gordo no mercado físico. Como fator adicional de pressão há o aumento da oferta de bois prontos decorrente da piora na qualidade das pastagens. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 305,50 por arroba à vista e a R$ 315,00 por arroba a prazo. A cotação do "boi China" é de R$ 320,00 por arroba. As escalas de abate no Estado estão confortáveis e giram em torno de 11 dias.

Os frigoríficos com escalas prontas para o mês abrem ofertas de compras de até R$ 25,00 por arroba abaixo da atual referência. Além disso, há, ainda, previsão de geada para esta semana. O que deve condicionar maiores ofertas de bois terminados a pasto, embora este volume já não seja tão significativo no Estado. No entanto, as condições de mercado sugerem descompasso entre oferta e demanda de boiada gorda, com indústrias sinalizando que vão cadenciar ainda mais o ritmo de compras, sobretudo nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste. Há grande volume de boiadas terminadas na Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do País. A oferta não condiz com o fraco apetite comprador.

Há ainda um volume considerável de boiadas oriundas da região de Mozarlândia (GO) sendo distribuídas nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, pressionando ainda mais os preços. Em São Paulo, no atacado, a dificuldade para concretizar negócios e escoar a produção dita o ritmo. A carcaça casada de bovinos castrados é comercializada a R$ 19,60 por Kg e a de bovinos inteiros a R$ 18,04 por Kg, queda de 2,5% e 2,6%, respectivamente, nos últimos sete dias. As vendas estão fracas, com isso alguns cortes como traseiro registram recuo. Outros cortes, com maior demanda, como ponta da agulha, apresentam alta.