18/Mai/2022

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em seu primeiro relatório para a atividade em 2022, pecuaristas de Mato Grosso devem confinar menos bovinos este ano. Segundo a projeção, 19,89% menos bovinos devem ser engordados no cocho em relação a 2021, somando um total de 530 mil bovinos. No entanto, ainda existe uma parcela de 19% dos entrevistados que não decidiram se realizarão o confinamento, indicando que este resultado poderá ser alterado no próximo levantamento. A pesquisa contou com a participação de 116 pessoas, entre técnicos, gerentes, secretários e ou proprietários, de um total de 174 unidades de confinamento procuradas.

Ou seja, a participação alcançou 67% da amostra inicial. Deste resultado, 49% dos entrevistados informaram ter a intenção de confinar em 2022, enquanto 19% ainda não têm a previsão e 32% disseram que não pretendem confinar este ano. "Dentre as principais preocupações relatadas, destacaram-se o preço do boi gordo e dos insumos, visto que a tendência é de estagnação nas cotações para a arroba até o fim do ano, enquanto os insumos continuam em patamares altos. Entretanto, os preços do gado de reposição (bois magros e bezerros) em queda tendem a estimular o setor e influenciar a tomada de decisão do confinador.

Outro fator apontado no levantamento é que a maior parte dos confinadores que vão prosseguir na atividade este ano deve entregar os lotes no último bimestre do ano, com o pico de preços sendo apontado para outubro. Além disso, houve maior número de confinadores que decidiram realizar contratos a termo nas indústrias, devido ao receio de imprevistos ocorrerem, como no ano anterior. No ano passado, a China suspendeu por alguns meses as importações de carne bovina do Brasil, o que desestruturou a cadeia internamente. Por fim, a utilização da capacidade estática das estruturas caiu para 50%, aproximadamente, cenário pautado pela redução do rebanho confinado, conforme relatado pelos que pretendem confinar em 2022. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.