17/Mai/2022

Segundo o Itaú BBA, após um repique de valorização nos preços do suíno vivo no início do mês, o desafio do setor, no curto prazo, é sustentar a alta, que, entretanto, já começa a dar sinais de enfraquecimento. O suíno esteve cotado acima de R$ 6,00 por Kg na Região Sul do País nos primeiros dez dias de maio, ou 15% acima do mês passado. A competitividade da carne suína segue favorável frente ao frango e à carne bovina. As temperaturas mais amenas nos próximos meses também favorecem o consumo interno. Entretanto, os pontos positivos do lado da demanda podem ter sua eficácia comprometida caso a oferta seja desproporcional à capacidade de absorção.

Do lado das exportações, a tendência é de que os envios para a China sigam um pouco menores do que os do ano passado, embora historicamente o patamar seja elevado. Há ainda uma compensação da redução para o país asiático em outros destinos que vêm importando bem neste ano, caso de Filipinas, Argentina, Tailândia e Singapura, entre outros menos relevantes. Os preços do suíno vivo na China, assim como os do leitão, estão reagindo, com altas de 12% em ambos os casos na parcial de maio sobre o mês anterior, enquanto a carne suína no atacado evoluiu 8,5% na moeda local, voltando aos níveis vistos no início do ano.

A China tem adotado medidas severas de distanciamento social em razão da sua política "Covid zero". Está dificultando a logística interna, o que pode ter gerado uma elevação da demanda doméstica com os consumidores buscando estocar alimentos, algo que ocorreu em outros países no início da pandemia. Nos Estados Unidos, onde os preços também vêm se mostrando bastante firmes nas últimas semanas, a previsão é de queda de 2,3% na produção em 2022, para 12,3 milhões de toneladas, enquanto as exportações deverão ser 6,4% menores sobre o ano anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.