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16/Mai/2022

Leite: ranking das maiores empresas em captação

A Associação Brasileira de Produtores de Leite (Abraleite) divulgou o resultado do 25º Ranking das Maiores Empresas de Laticínios do Brasil em 2021. A iniciativa da Abraleite contou com o apoio da Confederação nacional da Indústria (CNA), Embrapa Gado de Leite, G100, Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Viva Lácteos e do patrocínio da SobControle Fazenda, Plataforma para Gestão de Conhecimento para a Pecuária Leiteira. O volume de recepção das 13 maiores empresas (desta vez, o ranking contou com uma empresa a mais que o ranking anterior, com o retorno da Aurora) foi cerca de 7,7 bilhões litros, volume 3,5% inferior ao do ranking de 2020 (8,1 bilhões de litros). O volume das empresas participantes do ranking equivale a cerca de 31% da captação formal brasileira em 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É importante destacar que importantes empresas do setor, que figurariam no levantamento, foram convidadas, mas optaram por não participar: Lactalis (atualmente a maior compradora de leite do Brasil), Italac e Tirol. O recuo no volume total de captação das 13 empresas participantes (-3,5%) é maior que o recuo observado na captação de leite formal apresentado pelo IBGE, que foi de - 2,2% em relação a 2020. Das 13 empresas participantes do ranking, somente 2 (CCGL e UNIUM) apresentaram crescimento no volume de captação. Após assumir a liderança no ranking passado, o Laticínios Bela Vista (Piracanjuba) manteve-se no topo com cerca de 1,8 bilhões de litros de leite (aproximadamente 4,8 milhões de litro por dia), ainda que figurando no topo, a empresa teve um recuo de 2,5% no seu volume captado. Além da liderança, o TOP 3 também se manteve o mesmo de 2020.

No segundo e terceiro lugar, ficaram a UNIUM (cooperativas Frisia, Castrolanda e Capal), com leve crescimento de 0,6% em relação a 2020 (aproximadamente 7,8 milhões de litros por ano); e a Nestlé, que reduziu cerca de 95 milhões de litros no seu volume de compra de leite (-7,4% em relação a 2020.). A estimativa da capacidade instalada de processamento de leite em 2021 foi de 11,3 bilhões de litros de leite por ano, cerca de 31 milhões de litros por dia, capacidade 45% maior, se comparada ao número de 2020. As principais empresas utilizaram aproximadamente 71% (referente a 8,5 bilhões de litros por ano) da sua capacidade total em 2021.A tendência de redução do número de produtores diretos continuou para o ano de 2021, desta vez, o recuo foi de cerca de 1.839 produtores (-5,5%). Das 13 empresas que figuram no ranking, somente 2 (Cativa e Danone) apresentaram crescimento na base de produtores.

Por outro lado, a produção média dos produtores remanescentes cresceu 4,6%, saindo de 467 litros por dia para 489 litros por dia, confirmando um cenário de aumento da eficiência produtiva dos produtores que continuam na atividade. Se analisarmos os últimos 11 anos, temos um crescimento de mais de 100% na produção média diária dos produtores que compõem o ranking. Entre as empresas do ranking, em termos de produtividade por produtor, a UNIUM segue na liderança, com média de 2428 litros/produtor/dia (+18% ante 2020), seguida por DPA Brasil com média de 2349 litros/produtor/dia (+17% ante 2020), e Danone com média de 1546 litros/produtor/dia (-3,9% ante 2020). No que tange à compra de leite de terceiros (leite Spot), o Laticínios Bela Vista aumentou em 18% o seu volume de compras, assumindo a liderança, anteriormente ocupada pela Nestlé (que reduziu o volume de compras de terceiros em 25%).

A empresa que mais aumentou o volume de compra de leite de terceiros, percentualmente, foi a Frimesa, dobrando o volume adquirido. A Abraleite disponibiliza pelo 2° ano ao setor leiteiro a 25ª versão do Ranking dos Laticínios, que era conduzido pela incorporada Leite Brasil. O Ranking é um levantamento de dados sobre os mais importantes compradores de leite do Brasil, cooperativas e laticínios. A ideia é progredir, a cada ano, com o aperfeiçoamento da coleta de dados, aumentar as informações disponibilizadas e obter a inclusão de novas empresas importantes no setor lácteo, que não informam dados há anos. A queda na captação reflete a situação complicada pela qual passa a cadeia produtiva do leite no Brasil e desestímulo de proporções nunca vistas. Os 13 participantes franquearam seus dados, mesmo quando suas captações mostraram redução de 2020 para 2021. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.