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16/Mai/2022

Boi: preços sentem os efeitos da pressão baixista

O mercado físico do boi gordo segue pressionado. Em São Paulo, o boi gordo registra recuo, cotado a R$ 320,00 por arroba a prazo. Do lado da oferta, a chegada do período de seca no Centro-Sul do País faz com que os pecuaristas comecem a liberar lotes maiores de boiadas para os frigoríficos. A falta de chuvas e a redução da luminosidade diária já comprometem a massa verde dos pastos em algumas regiões, diminuindo a capacidade de suporte.

Quanto à demanda, participantes do mercado observam que indústrias habilitadas a exportar para a China, principal destino da carne bovina brasileira, têm atuado de forma contida na aquisição de boiadas a fim de mitigar riscos operacionais. Tanto por embargos para alguns frigoríficos, como pelos reflexos no ritmo de desembarque do Porto de Xangai, devido às severas restrições do lockdown na região. O que pode mudar o ritmo de negócios é uma eventual reação do consumo doméstico. Porém, além da inflação em alta e a população descapitalizada, a segunda quinzena do mês não costuma trazer aumento significativo nas vendas de carne bovina.

Além disso, há quedas nos preços das carnes concorrentes, como a carne suína e de frango, o que tende a reduzir a demanda por carne bovina. Na Bahia, a maior oferta de boiadas resulta em queda no preço do boi gordo, que está cotado a R$ 286,00 por arroba a prazo. Com o mesmo cenário de maior oferta, em Mato Grosso do Sul a cotação do boi gordo é de R$ 299,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, o traseiro do boi se mantém estável a R$ 24,10 por Kg. A ponta da agulha e o dianteiro registram baixa, R$ R$ 16,60 por Kg e R$ 16,10 por Kg, respectivamente.