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12/Mai/2022

Suíno: poder de compra de produtor sobe em maio

O poder de compra de suinocultores de São Paulo frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) vem crescendo nesta parcial de maio frente ao verificado em abril. Trata-se do terceiro mês consecutivo de avanço no poder de compra. Esse cenário favorável ao suinocultor foi possível diante dos aumentos nos preços médios de comercialização do suíno vivo e das desvalorizações dos insumos. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), considerando-se o preço do suíno vivo e os insumos negociados no mercado de lotes (Campinas - SP), o suinocultor pode comprar 4,8 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno na parcial de maio, 15,4% a mais que em abril. Em relação ao farelo de soja, é possível ao produtor a compra de 2,76 Kg do derivado, avanço de 18,7% frente ao volume do mês anterior. No mercado de milho, os preços seguem em queda em parte das regiões brasileiras, influenciados pela menor demanda. Além de compradores se mostrarem abastecidos e atentos às boas perspectivas quanto à 2ª safra de 2022, os produtores têm interesse em negociar, seja para “fazer caixa” ou para liberar espaço nos armazéns.

Dessa forma, na região de Campinas (SP), o milho é negociado nesta parcial de maio na média de R$ 87,01 por saca de 60 Kg, valor 2% inferior ao praticado em abril. No caso do farelo de soja, a oferta segue superior à demanda, resultando em baixas nos preços. Grande parte dos suinocultores e avicultores já realizou contratos de farelo de soja para recebimento de médio a longo prazos e, agora, não estão ativos nas aquisições envolvendo grandes quantidades no spot. Esses fatores reduziram, de abril para maio, o valor do derivado, em 4,8% na região de Campinas, com o produto sendo negociada à média de R$ 2.520,24 por tonelada. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno registra média de R$ 6,96 por Kg na parcial deste mês, alta de 13,2% em relação a abril. Ressalta-se que, apesar da melhora do poder de compra nesta parcial de maio, agentes do setor têm se mostrado bastante apreensivos e com receio de que, até o final do mês, esse movimento seja interrompido.

Esses agentes se fundamentam no fraco desempenho das vendas de carne suína na semana que antecedeu o Dia das Mães (08/05), quando tipicamente o mercado se aquece. Assim, os preços da proteína e, consequentemente, dos suínos para abate, estão em queda nesta semana. Os valores do suíno vivo no mercado independente e os da carne suína estão em baixa, especialmente no estado de São Paulo. O recuo mais intenso no Estado se deve ao aumento da concorrência com suínos e carcaças advindos de fora de São Paulo. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo registra desvalorização de 6,6% nos últimos sete dias, cotado a R$ 6,60 por Kg. Na região de Em Avaré/Fartura, a queda é de expressivos 9,3% no mesmo período, com o suíno negociado a R$ 6,02 por Kg. Em São José do Rio Preto, a redução é de 7,9%, com o suíno atingindo R$ 6,04 por Kg. Em São Paulo, no atacado, a carcaça especial suína apresenta recuo de 3,1% nos últimos sete dias, a R$ 9,82 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.