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06/Mai/2022

Suíno: análise sobre desempenho do setor em 2021

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lançou, no dia 3 de maio, o Relatório Anual 2022. De acordo com a publicação, mesmo enfrentando adversidades ao longo de 2021 produção, exportação e consumo de carne suína cresceram. Em 2021 foram produzidas 4,701 milhões de toneladas de carne suína, deste total 75,81% foram destinados ao mercado interno que viu o consumo per capta crescer de 16 Kg por habitante em 2020 para 16,7 Kg por habitante no ano passado. Do total produzido, 24,19% foram destinados às exportações atendendo 86 países. No ano passado foram embarcadas 1,137 milhões de toneladas representando um montante de US$ 2,6 bilhões (FOB).

Santa Catarina foi o responsável por 51,63% das exportações de carne suína, sendo o maior estado exportador. Na sequência, Rio Grande do Sul com 26,72% dos embarques e Paraná com 13,99%, consolidando a Região Sul do País como a maior exportadora da proteína. O relatório anual 2021 traz o ranking dos principais destinos da carne de frango brasileira. O primeiro lugar continua sendo ocupado pela China que recebeu 47,59% de toda carne suína exportada. Em comparação com o ano de 2020 o país asiático comprou 3,93% a mais de carne suína. Em segundo lugar, Hong Kong foi responsável por 14,02 % das compras da proteína brasileira.

Os embarques para o país registraram queda de 5,56% comparados com 2020. Ocupando o terceiro lugar está o Chile, que registrou um aumento de 39,19% nas importações de carne suína brasileira em relação a 2020. O país foi responsável por 5,45% do volume exportado pelo Brasil em 2021. O ano de 2021 foi um período desafiador para o setor. Por isso o denominaram “o ano da resiliência”. Já abalados pela crise econômica mundial que se iniciou em 2020 com a chegada da pandemia, avicultores e suinocultores em todo o território nacional, assim com as agroindústrias, não mediram esforços para manter suas atividades em funcionamento.

O relatório afirma que em um quadro econômico delicado, os produtores não apenas tiveram que se ajustar ao novo cenário pandêmico, mas também se depararam com altas históricas dos insumos, afetando gravemente seus custos de produção e sua capacidade competitiva. Os dados mostram que em média, desde 2015 até 2021, o preço da soja aumentou em mais de 140%. O milho, por sua vez, apresentou incremento ainda mais expressivo, ultrapassando 200%. Outro ponto que pesou para os produtores foram os aumentos dos custos de embalagens rígidas e flexíveis e dos combustíveis. Cercado às incertezas que afetam a produção nacional, o setor de exportação também foi posto à prova. Inicialmente, ainda durante o período crítico da pandemia, o ritmo do comércio global decaiu.

Em seguida, com a posterior e gradual retomada dos negócios pós lockdowns, a reabertura das economias globais gerou um desequilíbrio sem precedentes entre oferta e demanda de contêineres no mundo. Navios de carga foram redirecionados para rotas mais demandadas, as quais não incluem o Brasil, e tal descompasso trouxe como consequência o aumento vertiginoso dos fretes marítimos, que mais que triplicaram ao longo deste período. Entretanto, mesmo com tamanha adversidade, os produtores, garantiram a segurança alimentar, com o compromisso de alimentar o Brasil e o mundo. Fonte: ABPA. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.