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05/Mai/2022

Boi: SP busca retirada da vacinação contra aftosa

Após ter sido excluído da lista do Ministério da Agricultura que permitiu a alguns Estados a retirada da vacinação de bovinos e bubalinos contra febre aftosa depois da campanha de novembro, São Paulo tenta se refazer do susto e começa a se movimentar para recuperar terreno. A primeira providência foi convocar uma reunião extraordinária da Câmara Setorial da Pecuária, ligada à Secretaria da Agricultura de São Paulo, para discutir a exclusão e fazer um balanço da situação do Estado em relação à sua política de prevenção contra a doença. A reunião foi realizada no dia 3 de maio. A segunda providência foi tomada em seguida pelo secretário de Agricultura, Francisco Matturro. Conforme nota da pasta, ele se reuniu com o ministro da Agricultura, Marcos Montes, quando ficou acordado que, a partir do dia 10 de maio, será iniciado um trabalho de revisão, com o objetivo de igualar o status sanitário de São Paulo com os demais Estados do bloco IV que obtiveram a pontuação necessária para a retirada da vacinação.

Porém, o Estado não vai esperar até outubro e quer uma reavaliação imediata, para alterar o status. Dentro do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-Pnefa), São Paulo pertence ao Bloco IV, composto também por Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Bahia, Rio de Janeiro e Sergipe, além do Distrito Federal. No dia 30 de abril, o Ministério da Agricultura anunciou, porém, que apenas Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal poderiam deixar de imunizar os rebanhos após a campanha de novembro, dentro do objetivo de conquistar, na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o status do País para "livre de aftosa sem vacinação". Assim, pelo menos até que melhorem a pontuação, São Paulo, Rio, Bahia e Sergipe prosseguirão com suas campanhas de imunização contra aftosa. A nota mínima para que um Estado possa se ver livre de vacinar o rebanho é igual ou acima de 3,1. E São Paulo obteve, na auditoria mais recente do Ministério da Agricultura, nota 2,9.

Além de São Paulo, mais três Estados foram separados do bloco e não estão caminhando junto com os demais integrantes, conforme previsto no plano estratégico para retirada da vacina. São Paulo teve um dos maiores progressos estaduais entre todos na última avaliação do Mapa. Apesar dos avanços claros, uma nova avaliação foi solicitada ao órgão federal devido ao fato de que os altos investimentos feitos nos últimos meses ainda não foram analisados pelo ministério em sua totalidade. Foram investidos, nos últimos 11 meses, R$ 100 milhões em defesa sanitária, entre contratação de profissionais, aquisição de equipamentos e reforma de infraestrutura, entre outras medidas. Outra decisão tomada na reunião foi a reativação do Fundo de Defesa da Pecuária (Fundepec) pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e pela Sociedade Rural Brasileira (SRB).

Elas estão em fase de acertos finais para iniciar a arrecadação para a contratação de um seguro sanitário, com todo o apoio e parceria do governo do Estado. O Fundepec, existente em vários Estados, é um fundo alimentado pelo próprio setor pecuário, que contribui, geralmente, com um pequeno percentual do valor arrecadado por bovino abatido. Este fundo serve para financiar infraestrutura de defesa sanitária e também para, em caso de eventuais focos de aftosa, indenizar pecuaristas que tiverem de abater seus animais, entre outras atribuições. Mesmo com todo o investimento, o Mapa garantiu que não houve nenhuma diferença de critério aplicada a todos os Estados avaliados do Bloco IV. Muitos elementos foram avaliados, mas, alguns itens da avaliação, levaram tempo para São Paulo cumprir. O Mapa reconheceu que São Paulo nunca avançou tão rápido como agora, nesta gestão, mas é preciso aguardar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.