05/Mai/2022

Embora a liquidez do mercado físico do boi gordo siga restrita, a oferta de boiadas cresceu. Boa parte dos lotes era composta por fêmeas, como efeito do descarte de matrizes. Esse aumento na oferta de bovinos permitiu que muitas unidades de abate avançassem um pouco mais com suas escalas. Os frigoríficos habilitados para exportar ao mercado chinês estão mais ativos nas compras, enquanto os que atuam apenas nas vendas ao mercado doméstico se retraem.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 308,50 por arroba à vista e a R$ 327,00 por arroba a prazo. O “boi China” é negociado a R$ 330,00 por arroba. As indústrias realizam aquisições pontuais para manter a produção de carne bovina adequada ao consumo. Atentas às suspensões temporárias das importações de carne de frigoríficos adotadas pelo governo chinês, algumas unidades evitam fazer estoques. O movimento é para evitar excedentes de carne bovina sob o risco de ter que escoar no mercado doméstico parte do volume produzido para exportação.

No Pará, a maior oferta de boiadas pressiona as cotações e o boi gordo está cotado a R$ 293,00 por arroba a prazo. No Paraná, apesar da pressão de baixa exercida frente à maior oferta de gado, o desacordo sobre preços entre indústrias e pecuaristas resulta em estabilidade nas cotações. Assim, o boi gordo está cotado a R$ 311,00 por arroba. Em São Paulo, no atacado, os preços se mantêm estáveis. O traseiro do boi permanece cotado a R$ 24,10 por Kg. O dianteiro e a ponta da agulha são negociados a R$ 17,10 por Kg.