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02/Mai/2022

Boi: inseminação artificial deverá crescer em 2022

A CRV, uma das maiores empresas de genética e inseminação artificial de bovinos do País, prevê que o mercado crescerá em torno de 20% neste ano só no segmento da pecuária de corte. O potencial é muito grande. No entanto, não deve haver um crescimento na mesma intensidade dos últimos anos, que foi de 30% e 40%. A inseminação vai crescer graças à raça Nelore. No último ano, o Brasil comercializou em torno de 25,4 milhões de doses de sêmen bovino, com 19,4 milhões de doses destinadas aos bovinos de corte, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), quantidade que representa em torno de 20% do rebanho passível de ser inseminado.

Na avaliação de analistas do mercado, este número só não é maior em razão da cultura dominante no setor pecuário, que ainda prefere cruzar o rebanho por meio de monta natural, a pasto. Em relação à pecuária leiteira, a expectativa da CRV é de expansão no mercado de inseminação. O mercado do leite tropical cresceu 25% em 2021, e a expectativa, agora, é de que cresça também 25% neste ano. O preço do leite pode reagir no mês de maio. O mercado interno e externo está demandando muito sêmen bovino leiteiro. O mercado internacional cresceu 18% no último ano, e a perspectiva é de que cresça mais de 21% neste ano. No ano passado, o Brasil movimentou cerca de 1,2 milhão de doses de sêmen para inseminação para a pecuária leiteira tropical. A empresa não prevê uma melhora significativa na disponibilidade de bovinos para abate este ano em relação ao ano anterior, e estima que o quadro deve se manter com uma oferta restrita de bois gordos.

O crescimento da produtividade aumentou nos últimos anos, apesar da redução de áreas de pastagem. A oferta não é grande, mas a produtividade é. No entanto, não é o suficiente para a demanda, já que o mercado externo deve comprar cada vez mais carne bovina brasileira. A China demanda muito e o Brasil pode abrir novos mercados. O boi gordo deve se manter em patamares elevados, sustentado, especialmente, pela demanda chinesa. A CRV domina hoje em torno de 28% do mercado de inseminação de gado de corte no Brasil. Em relação ao rebanho para leite tropical, a participação da companhia é em torno de 25%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.