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28/Abr/2022

Lácteos: repasse dos custos impulsiona cotações

Os preços dos derivados lácteos seguiram em alta em março. A valorização dos lácteos está atrelada ao encarecimento do leite cru, uma vez que a sua produção vem sendo negativamente afetada pelo período de entressafra, e pelo aumento dos custos de produção, sobretudo os associados à alimentação animal. Com a menor oferta de matéria-prima no campo, a produção de lácteos também ficou limitada em março, levando à diminuição do nível dos estoques dos derivados. Nesse sentido, é inevitável para a indústria realizar o repasse desses custos aos consumidores.

Os monitoramentos diário e semanal do mercado de lácteos em São Paulo mostraram que o movimento de valorização foi consistente e expressivo ao longo de março. Igualmente, para a “Média Brasil” líquida (Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), foram registradas altas para todos os derivados pesquisados. Assim, de fevereiro para março, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela recebidos pelas indústrias em negociações com os canais de distribuição na “Média Brasil” subiram 10,2% e 7,9%, respectivamente, passando para R$ 3,87 por litro e R$ 28,57 por Kg no último mês.

O leite em pó (400g), o queijo prato e a manteiga se valorizaram 6,1%, 3,4% e 2,1% em março, respectivamente (os valores foram deflacionados pelo IPCA de março/2022). Os indicadores de preços no estado de São Paulo apontam para a manutenção da tendência altista nos mercados de leite UHT, do queijo muçarela e do leite em pó (400g) na média parcial de abril (de 1° a 15). Porém, agentes de mercado demostraram preocupação com a rápida elevação no patamar de preços para o consumidor final, o que pode desestimular a demanda ainda no curto prazo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.