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28/Abr/2022

Lácteos: crescimento das importações em março

Depois de meses em alta, o volume de derivados lácteos exportado pelo Brasil em março somou aproximadamente 2,6 mil toneladas de lácteos, queda de 42,6% frente ao de fevereiro. Na comparação com março do ano passado, a quantidade embarcada cresceu 24,3%. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, de fevereiro para março, a maior redução foi verificada nas vendas de leite em pó, de expressivos 98%, totalizando 33 toneladas. O preço médio subiu 9,4%, chegando a US$ 4,20 por Kg. Os embarques de leite condensado, por sua vez, representaram 29,4% da pauta de exportações e recuaram 24,1% em março. Novamente, observou-se encarecimento do preço médio, que chegou a US$ 3,00 por Kg, elevação de 17,2% em relação ao mês anterior.

Os únicos produtos que registraram aumento no volume exportado foram os queijos (6,1%) e o creme de leite (7%), que responderam por 18,9% e 18% do total embarcado em março. Em ambos os casos, houve alta no valor médio negociado: de 2,7% para o primeiro (a US$ 9,51 por Kg) e de 15% para o segundo (a US$ 4,03 por Kg). As importações de lácteos, por sua vez, totalizaram 8,1 mil toneladas. Essa quantidade representou avanço de 14,5% sobre fevereiro, mas forte queda de 44% em relação ao mesmo período do ano passado. O leite em pó foi o principal produto da pauta de importação em março, representando 46% do volume total (em Kg). Foram adquiridas 3,7 mil toneladas, 29,5% a mais que em fevereiro. O preço médio da importação foi de US$ 3,43 por Kg, alta de 2,4% frente à do mês anterior. As compras externas de queijos, que representaram 28,1% das importações, cresceram 55%, totalizando aproximadamente 2,3 mil toneladas em março.

O preço médio da aquisição foi de US$ 7,39 por Kg, 13% menor do que o registrado em fevereiro. A balança comercial de lácteos registrou saldo negativo de US$ 24,3 milhões, significativo aumento de 108,3% no déficit em relação ao mês anterior. Em volume, a diferença se ampliou para 5,5 mil toneladas, 114,9% maior que a registrada em fevereiro. O resultado foi influenciado pela oferta limitada de leite no Brasil e pelos preços em alta no mercado doméstico, enquanto os preços dos derivados no mercado internacional mostraram tendência de redução durante março. Além disso, a maior valorização do Real frente às moedas estrangeiras nos últimos meses também contribuiu para a diminuição da competitividade dos lácteos brasileiros no mercado externo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.