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28/Abr/2022

Leite: custos têm avanço no 1º trimestre de 2022

O COE (Custo Operacional Efetivo) da pecuária leiteira registrou avanço de 1,64% na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) em março, percentagem mais expressiva que a observada no mês anterior (0,76%), mas inferior à do mesmo mês do ano passado (1,99%). No primeiro trimestre de 2022, o COE da produção leiteira acumulou alta de 4,07%. No mesmo período de 2021, o avanço foi de fortes 7,32%. No acumulado dos últimos 12 meses, o COE subiu 13,99%. Os grupos de custos que mais influenciaram o aumento dos custos de produção no mês foram as operações mecânicas, com elevação de 6,08% na “Média Brasil”, devido à valorização de combustíveis e lubrificantes.

Em seguida, vieram os grupos dos medicamentos antibióticos (+3,46%), concentrados (+2,08%), adubos e corretivos (+1,73%) e suplementos minerais (+1,33%). Dentre os Estados, os avanços mais significativos dos custos foram registrados em Santa Catarina (de 2,88%), Minas Gerais (de 2,12%) e São Paulo (de 1,70%). O mês de março foi marcado pela forte alta nos preços dos combustíveis em todas as regiões do País, reflexo do aumento das cotações internacionais do petróleo. Além de impactar diretamente os custos das operações mecânicas dentro da propriedade, o produtor também se deparou com os efeitos indiretos dessa valorização nos suplementos minerais e nos medicamentos.

Alguns antibióticos e antiparasitários, por exemplo, tiveram a oferta reduzida em algumas casas agropecuárias no País, devido à falta de matérias-primas para sua produção. Quanto à valorização do principal item de custo das propriedades leiteiras, o concentrado, também foi reflexo da disparada de preços no mercado de grãos, devido às incertezas provocadas pelo conflito no Leste Europeu. Especificamente para o milho, a guerra entre Rússia e Ucrânia aumentou a procura pelo cereal brasileiro, elevando as cotações. De fevereiro para março, o valor médio da saca de milho avançou 2,9% (Indicador ESALQ/BM&F - Campinas/SP) e o da soja, 2,3%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.