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20/Abr/2022

Boi: menor custo da reposição elevará confinamentos

O preço em queda dos animais de reposição (bezerro de 8 a 12 meses e boi magro) pode estimular o aumento do número de animais confinados este ano. Em São Paulo (Araçatuba, Bauru/Marília, Presidente Prudente e São José do Rio Preto), a média de preços do boi magro na parcial de abril é de R$ 4.009,17 por cabeça, valor 19,15% inferior ao de abril de 2021, em termos reais (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI março/2022). Neste mês, o boi magro é negociado entre R$ 3.660,00 e R$ 4.260,00, a depender da região.

A pressão sobre os valores da reposição vem da recomposição cada vez maior da oferta de bovinos jovens, dos elevados custos aos pecuaristas criadores e da chegada da entressafra, quando as condições dos pastos pioram para a recria. Somente neste ano, até a parcial de abril, a queda no valor médio do boi magro em São Paulo é de quase 8%. Dentre as regiões paulistas, a desvalorização mais intensa do boi magro em 2022 é observada em Araçatuba, de 13,9%, com o boi magro cotado à média de R$ 3.660,00 por cabeça em abril.

Em Presidente Prudente, a baixa no preço é de 4,4% neste ano, com a média atual a R$ 4.107,50 por cabeça. Na região de Bauru/Marília, o recuo é de 0,7%, com o boi magro negociado a R$ 4.260,00 por cabeça na média de abril. Porém, os confinadores devem ficar atentos à sazonalidade de preços do boi magro. Análises mostram que, tradicionalmente, os valores do boi magro ficam em patamares menores de setembro a fevereiro de cada ano, período em que os bois já foram confinados ou, como no caso de início de ano, a decisão de se confinar ainda não foi tomada. Em março, os preços geralmente passam a subir, ganhando força em abril e maio.

Nesse sentido, a atual continuidade do movimento de queda dos preços do boi magro em abril pode ser considerada atípica. Agora, caso a demanda por novos lotes de boi magro se aqueça nas próximas semanas, ficando acima da oferta que, vale lembrar, registra recuperação, os valores podem passar a registrar pequenos avanços. Essa procura por lotes de reposição, por sua vez, também vai depender da movimentação dos preços dos insumos da alimentação nos próximos meses. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.