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19/Abr/2022

Boi: exportação pode cair com dólar fraco e oferta

Segundo o Itaú BBA, o fluxo de exportações de carne bovina do Brasil pode ser influenciado pela melhora na oferta de gado terminado, dólar mais fraco ante o Real e pelo lockdown na China. O bloqueio, pela China, de plantas de carne bovina por uma semana elevou a especulação e serviu de ingrediente para o aumento da pressão nas cotações nos últimos dias. No sábado (16/04), a China proibiu por uma semana a importação de carne bovina do frigorífico da JBS em Barra do Garças (MT), das plantas da Marfrig em Várzea Grande (MT) e Promissão (SP) e do abatedouro da Naturafrig em Pirapozinho (SP). Outro fator é a desvalorização do dólar ante o Real, que levou a arroba do boi brasileiro para a máxima histórica em São Paulo.

O que significa que, mesmo aos preços recordes obtidos na exportação, o resultado da venda externa aos frigoríficos não é animador. Os surtos de Covid-19 na China e as ações restritivas de contenção pelo governo local podem afetar a pecuária, dado o risco de gargalos logísticos, caso a fluidez das cargas de carne chegando aos portos não ocorra de maneira satisfatória. A acomodação dos preços do boi gordo no mercado físico juntamente das maiores preocupações com a sustentação das exportações acabou pesando sobre os contratos futuros, com os vencimentos de maio e junho/2022, por exemplo, perdendo quase R$ 20,00 por arroba nos últimos 30 dias, embora a curva tenha corrigido a queda no contrato de agosto há 30 dias.

Do lado da oferta, é esperado um aumento sazonal nos próximos dois meses por ser período de safra, com as pastagens boas na maior parte do País permitindo a terminação. O pecuarista ainda dispõe da opção de segurar os bovinos ganhando peso, o que ficará inviável quando a seca estiver instalada em meados do ano. No entanto, em relação ao ano passado, será possível observar um relativo aumento da produção em função da maior oferta de vacas para abate. Quanto aos preços, na maior parte dos Estados produtores, ainda há um pequeno aumento para o boi gordo neste mês em relação a abril/2021, já o bezerro se desvalorizou quase 10% neste comparativo, melhorando a relação de troca para a recria-engorda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.