19/Abr/2022

Segundo o Itaú BBA, os preços relativos da carne suína estão competitivos frente às demais carnes, podendo ajudar a atrair o consumidor. Em contrapartida, uma maior absorção esbarra no menor consumo per capita, principalmente comparado com o frango. A Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul indicou que devem ser descartadas até o fim do ano 15 mil matrizes suínas, o equivalente a 4,2% do estoque de matrizes do Estado (360 mil cabeças).

Com isso, deixarão de ser alojados 400 mil leitões, o que significará, após quase um ano, uma queda de produção de 3,8% no Estado. Enquanto os suinocultores do Paraná planejam descartar de 12 mil a 15 mil matrizes ainda no primeiro semestre, equivalente a 15% a 19% do estoque estadual de reprodutoras, estimando impactos na oferta de suínos terminados no primeiro semestre de 2023.

É preciso observar mais tempo até um ajuste das margens, afinal os descartes de matrizes significam maior oferta de carne suína no curto prazo, embora com efeito contrário num horizonte mais longo. O cenário pode permanecer desafiador para os grãos no segundo semestre, e há risco de a China desacelerar ainda mais as compras e dificultar o ajuste necessário. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.