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18/Abr/2022

Boi: JBS busca alternativas para mitigar o metano

Entre os principais compromissos assinados por 103 países durante a 26ª Conferência do Clima no ano passado, em Glasgow, Escócia, está a redução, em 30%, das emissões globais de metano até 2030, acordo do qual o Brasil é signatário. E, na agropecuária brasileira, a pecuária de corte fica na mira, tanto aqui quanto lá fora, como uma das maiores emissoras desse gás do efeito estufa, sobretudo a partir da fermentação entérica (arroto) dos bois, conforme estudo da Embrapa. A fim de cumprir esta agenda, grandes empresas ligadas ao setor pecuário se movimentam para estimular a cadeia produtiva a reduzir suas emissões. Entre elas, a JBS, que assumiu o compromisso de se tornar "NetZero" (neutra em carbono) até 2040. A empresa está em uma fase de aprendizado e de buscar alternativas (para reduzir as emissões de metano). Neste sentido, fomentar a pesquisa é uma das alternativas. A JBS aposta na redução do tempo de abate dos bovinos para algo entre 24 e 30 meses, já que bois gordos abatidos mais cedo emitem menos metano ao longo da vida.

Além disso, toda a tecnologia embutida na produção de um bovino precoce também é mitigadora, apontam vários estudos. É preciso também trabalhar a alimentação dos bovinos e trazer uma melhora na nutrição. Já existem aditivos que podem ser inseridos na ração; eles vão fazer com que haja uma diminuição de emissões de metano. Essas e outras tecnologias serão debatidas durante um evento promovido pela JBS em parceria com a empresa produtora de extratos vegetais para nutrição animal Silvateam, nos dias 4 e 5 de maio, o "Fórum Metano na Pecuária". Segundo a companhia, os maiores especialistas do mundo debaterão desafios, metodologias e soluções para a redução das emissões de metano do gado bovino. A programação incluirá palestras e debates que vão abordar os verdadeiros impactos da pecuária na emissão de gases de efeito estufa (GEE), técnicas e métricas de avaliação, as soluções disponíveis para mitigação das emissões, assim como formas de mensuração de GEE. Serão apresentados, ainda, casos de sucesso de iniciativas dos setores público e privado, além de oportunidades para financiamento e créditos de carbono.

Há várias soluções na pecuária tropical que mitigam gases do efeito estufa. Em que pese, ainda, a imagem deteriorada que a pecuária brasileira tem no exterior em relação a problemas ambientais, é um desafio para o País comunicar as boas iniciativas na pecuária de corte para o público estrangeiro. A pecuária tropical bem feita compensa as emissões de metano de gado. O investidor internacional entende isso, mas falta comunicar. Do lado dos pecuaristas que atuam junto à JBS, há um misto entre resistência e adaptação para alcançar a redução de emissões de gases do efeito estufa nos plantéis. A reação dos pecuaristas está começando a mudar. Eles percebem que é importante, que há vantagens na produção, que demora menos para abater o bovino, que faturam mais e gastam menos. A JBS tende a dar prioridade, no médio prazo, a bovinos provenientes de fazendas mitigadores de gases do efeito estufa. Serão privilegiados aqueles que tem um arranjo produtivo mais eficiente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.