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11/Abr/2022

China expande oferta de carnes e segue importando

De acordo com relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a oferta total de carne da China em 2022 é esperada em 79 milhões de toneladas, revisada em 7% em relação à previsão anterior e novamente superando a oferta total de carne antes do surgimento da peste suína africana (PSA). O que impulsiona a estimativa mais alta é uma grande revisão para cima na produção de carne suína, que agora deve crescer pelo segundo ano consecutivo. Embora os preços dos suínos estejam bem abaixo dos níveis recordes vistos nos últimos anos, eles se firmaram após quedas significativas. A oferta abundante de carne suína doméstica pesará na demanda de importação, fazendo com que as importações de carne suína em 2022 sejam reduzidas em 12% em relação à previsão anterior.

Embora 5% menores em relação ao ano anterior, as importações de 2022 permanecem elevadas pelos padrões históricos. No geral, espera-se que a oferta de carne suína atinja 53,7 milhões de toneladas em 2022. Sobre a carne de frango, a oferta total em 2022 deve chegar a 15,1 milhões de toneladas, 1% abaixo do projetado em outubro. Isso é em grande parte o resultado da desaceleração das importações no final de 2021, com essa tendência sendo transportada para o novo ano. A maior disponibilidade de carne suína, juntamente com a produção de carne de frango que está bem acima dos níveis pré-PSA, deve pressionar as importações de carne de frango, fazendo com que a previsão de importação seja reduzida em 11%.

Mesmo com essas previsões de aumento da produção doméstica, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) explica que a China ainda não chegou ao volume de 54 milhões de toneladas de carne suína que produzia pré-PSA. A China continua a importar 4 milhões de toneladas. Em 2021, a China importou 4,5 milhões de toneladas e, esse ano, o Brasil aumentou seu marketshare na china. Diminuíram as importações chinesas da Europa e dos Estados Unidos, mas as do Brasil se mantiveram, ou seja, a participação brasileira ficou maior. Mesmo havendo uma redução nos embarques de carne suína para o país asiático, somente nos primeiros meses de 2022 já foram embarcadas 53 milhões de toneladas.

O Brasil não é dependente da China nas exportações, mas o gigante asiático paga melhor e compra mais. É lógico que a China reduzindo as compras já traz certa dificuldade para o Brasil. Mas, no caso de aves, a China representa 13% das vendas brasileiras e, no caso de suíno, era 53% e caiu para 48%, ou seja, menos da metade do que o País exporta. Hoje, o Brasil tem mais mercados abertos do que quando houve o problema com as exportações para Rússia. Fonte: Suinocultura Industrial. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.