06/Abr/2022

Com parte da indústria fora do mercado, os preços do boi gordo se mantêm praticamente estáveis. A morosidade nos negócios também é explicada pelas escalas confortáveis de abate, que atendem pelo menos 10 dias. Além disso, há uma maior oferta de bois terminados a pasto, que pode pressionar ainda mais os preços ao longo da semana. O tempo seco que se aproxima prejudica a capacidade de suporte das pastagens, sobretudo nas regiões do Centro-Sul.

Desta forma, os pecuaristas deixam de segurar os bois sob risco de perda de peso e disponibilizam ao mercado. É o caso do Acre, onde há um incremento na oferta de boiadas. Assim, o boi gordo está cotado em R$ 280,00 por arroba a prazo. Em relação ao consumo doméstico, um esboço de uma possível retomada, gradual e lenta, da demanda por carne bovina, pode começar a acontecer no início deste mês e dar maior tração à indústria que opera no mercado interno.

A escalada de preços dos cortes da proteína de frango, dando maior competitividade à proteína bovina na escolha do consumidor devido ao custo-benefício, também pode contribuir. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 320,00 e R$ 340,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, o preço da fêmea registra recuo, de R$ 285,00 por arroba para R$ 280,00 por arroba a prazo. Há um fraco apetite da indústria por esta categoria, que, em sua maior parte, é destinada ao consumo doméstico.