ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

06/Abr/2022

Frango: Brasil em alerta com avanço da Influenza

O Brasil é o único entre os grandes produtores mundiais de aves a nunca registrar um caso de Influenza Aviária em seu território. Para garantir a sustentabilidade do setor é essencial que continue assim. O mundo observa, especialmente no Hemisfério Norte, um avanço de casos da gripe aviária altamente patogênica (HPAI) e a cadeia de produção do Rio Grande do Sul está em estado de alerta para garantir a continuidade da sanidade no setor. Mais de 40 países relataram casos nos três primeiros meses do ano à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). Somente em março, nos Estados Unidos, 20 milhões de aves já foram afetadas pelo vírus em 24 dos 50 estados da nação norte-americana, de acordo com o Serviço de Inspeção Sanitária em Animais e Plantas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 930 surtos de Influenza Aviária foram registrados em granjas ao redor do mundo. Na última semana de março, a Romênia abateu 34 mil aves, após um surto que já havia matado quase 7 mil aves. Outros abates em massa também foram registrados em Israel (63 mil aves), na Espanha (18,9 mil aves), além de outros países. Neste momento, o Brasil se posiciona no comércio internacional como um importante fornecedor de carne de frangos saudáveis. O status sanitário brasileiro é um diferencial competitivo fundamental. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), neste momento em que vários grandes produtores enfrentam dificuldades com a Influenza Aviária, o Brasil, que tem status livre, permanece como fornecedor seguro de proteína animal para o mundo.

O setor precisa se manter em alerta, especialmente neste momento tão sensível, com diversos desafios em curso para o fornecimento global de proteína animal. Para a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), a chegada da Influenza Aviária no Brasil seria uma catástrofe. É preciso seguir no trabalho de fortalecer os cuidados junto aos produtores, integradoras e empresas em relação à biosseguridade. Diante da situação global, entidades ligadas ao agronegócio como Asgav, ABPA, Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) estão em estado de atenção. É justamente pela atenção e investimento na biosseguridade nas propriedades que o País esteve, até o momento, livre de casos da Influenza Aviária.

Existe o trabalho de vigilância e o monitoramento de aves selvagens, mas a biosseguridade é o ponto mais importante. O Brasil não está livre do risco de ter casos da gripe aviária por conta do processo migratório natural das aves selvagens. Por isso, o trabalho de prevenção mais importante é fortalecer a biosseguridade individualmente junto às propriedades produtoras. A fronteira sanitária nem é tanto o caso, porque vêm muita ave migratória, mas sim, fortalecer a biosseguridade das granjas, do sistema como um todo, registrando a movimentação e fazendo o monitoramento dessas aves. É uma forma de abranger todas as possibilidades de um risco maior. A responsabilidade do produtor é essencial para a preservação do setor. Fonte: Jornal do Comércio. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.