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05/Abr/2022

Boi: preço recua com escalas de abate confortáveis

No mercado físico, a negociação é pontual. As escalas, em geral, estão confortavelmente preenchidas e o escoamento para o mercado doméstico é irregular. Assim, a indústria reduz a pressão de compra e testa preços mais baixos para a arroba. A oferta é outro fator que segue no radar do mercado ao longo desta semana. Há uma grande diferença de oferta neste ano em comparação com os dois últimos anos, o que não é um problema para os frigoríficos, que já contam com escalas de abate alongadas em quase todos os Estados brasileiros. Quanto à demanda interna, há a costumeira expectativa de todo o início do mês.

Porém, é provável que não haja reação, como o observado nos três primeiros meses do ano, com o mercado doméstico demandando pouca carne bovina. Neste caso, as razões são diversas: a questão econômica do País, a inflação em níveis elevados. Há, também, o impacto da Quaresma no consumo de carne bovina. Então o consumo interno deve continuar como está, podendo até piorar. Em relação ao cenário externo, o mercado chinês permanece aquecido. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 320,00 por arroba a prazo. Para bovinos de até quatro dentes destinados à exportação a cotação é de R$ 340,00 por arroba a prazo.

No Rio de Janeiro, a falta de pastagem tem feito com que os pecuaristas entreguem o gado para aliviar a pressão de pastejo, o que resulta em queda no preço. Assim, o boi gordo é negociado a R$ 302,00 por arroba a prazo. Na Bahia, há uma oferta maior de gado, o que, somado ao escoamento lento de carne, pressiona os preços. O boi gordo está cotado a R$ 295,00 por arroba a prazo. Em Tocantins, observa-se avanço das escalas de abate e menor apetite comprador das unidades frigoríficas. A cotação é de R$ 290,00 por arroba.