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01/Abr/2022

Boi: preços recuam com indústria fora do mercado

O movimento de baixa predomina no mercado físico do boi gordo nas regiões pecuárias do País e deve prosseguir no curto prazo. A pressão reflete a ausência das indústrias frigoríficas do mercado, em razão da baixa demanda de carne bovina no mercado interno. As indústrias que atendem apenas o mercado interno seguem com margens apertadas e menor apetite por compras de boiada gorda. Segundo o Rabobank, a demanda doméstica continua desafiadora, com um período de queda sazonal no consumo interno somado a novos patamares recordes de preços da carcaça bovina, o que tem provocado impacto direto nas margens do setor produtivo.

Mesmo o mercado interno representando cerca de 70% da produção total, o cenário de forte demanda para a exportação e a queda no consumo interno têm elevado a participação do mercado externo na precificação do boi gordo. O aumento da oferta em algumas regiões de gado terminado a pasto e vacas de descarte propicia um cenário de maior pressão nas cotações. Pode ocorrer, mas apenas de forma limitada, já que os pecuaristas têm resistido às pressões e mantendo os bois no pasto como estratégia.

A demanda internacional, responsável por sustentar os preços do boi gordo nos patamares atuais, está se tornando um ambiente de incertezas e de operações que exigem melhor mitigação de riscos devido à desvalorização do dólar frente ao Real e instabilidades no comércio global. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 323,00 por arroba à vista. Os bovinos mais jovens, normalmente exportados para a China, são negociados a R$ 340,00 por arroba. Em Minas Gerais, a maior oferta de fêmeas resulta em queda para vaca e novilha gorda. O boi gordo está cotado a R$ 300,00 por arroba a prazo; a vaca gorda é negociada a R$ 280,00 por arroba a prazo; e a novilha gorda a R$ 283,00 por arroba a prazo. No Pará, o boi gordo está cotado a R$ 289,00 por arroba a prazo.