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31/Mar/2022

Suíno: competitividade avança ante concorrentes

Enquanto os preços da carne de frango avançaram de maneira intensa de fevereiro para março, os valores da proteína suína subiram de forma mais modesta. Diante disso, a competitividade da carne suína cresceu frente à concorrente, atingindo, inclusive, o melhor patamar desde fevereiro de 2019. O aumento nos preços da carne suína está atrelado ao maior ritmo de negócios observado entre o encerramento de fevereiro e o início de março. Na segunda quinzena deste mês, ressalta-se, a demanda está mais fraca e os valores registram recuo, o que limita a elevação no preço médio mensal. Em São Paulo, no atacado, de fevereiro para março, a carcaça especial suína apresenta valorização de 8,5%, negociada, em média, a R$ 8,70 por Kg na parcial deste mês.

No mercado da carne de frango, a demanda externa crescente e a baixa disponibilidade de muitos produtos no mercado interno têm impulsionado as cotações. Em São Paulo, no atacado, o frango inteiro resfriado registra expressiva alta de 20,7% de fevereiro para março, a R$ 7,05 por Kg neste mês. Dessa forma, a carcaça especial suína é negociada neste mês a R$ 1,65 por Kg acima do valor do frango, recuo de 24,1% em relação à diferença observada em fevereiro, evidenciando crescimento na competitividade da carne suína. Quanto à carne bovina, os preços também têm variações positivas em março, mas de modo ainda mais leve que os avanços registrados para as concorrentes.

Neste caso, a reduzida oferta de boi gordo até sustenta os preços da proteína, mas a demanda brasileira pela carne bovina ainda enfraquecida e bastante fragilizada pelo contexto econômico impede aumentos mais intensos nos valores da carcaça casada bovina. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada registra leve aumento de 1,1% de fevereiro para março, com média de R$ 21,71 por Kg neste mês. Diante disso, a diferença entre os preços da carcaça bovina e da especial suína passou de R$ 13,45 por Kg em fevereiro para R$ 13,01 por Kg na parcial de março, redução de 3,3%, indicando queda na competitividade da carne suína. Vale lembrar, porém, que, mesmo com a redução, a diferença nas cotações ainda está elevada, sendo 31,7% acima da observada em março/2021. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.