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31/Mar/2022

Boi: preços são pressionados pela fraca demanda

Sem necessidade urgente de compra, os frigoríficos reforçam a pressão sobre os preços do boi gordo. Os que ainda demandam bois terminados no físico chegam a indicar até R$ 3,00 por arroba abaixo da referência. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 327,00 por arroba à vista e a R$ 329,00 por arroba a prazo. A pressão de baixa sobre os preços também começa a repercutir nos negócios com bovinos cujo destino é a exportação.

A dinâmica começa a ser observada com mais força em regiões que possuem escalas garantidas para além do dia 10 de abril. Em estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a oferta de bovinos terminados está maior do que a demanda e os preços registram queda. O mesmo ocorre com os preços para a fêmea, mas com quedas mais amenas, haja vista que os preços para esta categoria já haviam tido recuos significativos anteriormente, diante da fraca demanda doméstica e do descarte de matrizes.

Como de costume, as fêmeas seguem para oferta no mercado interno, mas, diante do consumo baixo, volumes consideráveis de oferta afetaram negativamente os preços. Com o fim do período de chuvas, há tendência de os pecuaristas ofertarem esses lotes de bovinos remanescentes, visando mitigar os riscos e fazer caixa de olho nas despesas dos próximos meses. O surgimento desta oferta pontual chega a ser contabilizado em regiões do Centro-Sul, notadamente em São Paulo.

No Espírito Santo, o consumo fraco diminui a demanda por parte das indústrias, resultando em queda para todas as categorias destinadas ao abate. Com isso, o boi gordo está cotado a R$ 294,00 por arroba; a vaca gorda é negociada a R$ 284,00 por arroba; e novilha gorda está cotada a R$ 294,00 por arroba (a prazo em todos os casos). Em Mato Grosso, os pecuaristas conseguem segurar o gado no pasto aguardando por melhores oportunidades de venda em razão das pastagens em boas condições. Desta forma, os preços estão firmes e o boi gordo está cotado a R$ 305,00 por arroba a prazo.

Em São Paulo, no atacado, as vendas seguem fracas e a tendência é de manutenção deste panorama. A cadeia de distribuição mantém-se ausente das compras. O traseiro do boi permanece cotado a R$ 24,10 por Kg, enquanto o dianteiro a ponta agulha estão cotados a R$ 17,10 por Kg. Os recuos pontuais ainda não devem instigar o aumento da demanda do consumidor final, haja vista que os preços das proteínas concorrentes ainda seguem mais competitivos.