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31/Mar/2022

Carne bovina deverá ter ganho de competitividade

Segundo o Rabobank, os altos custos de produção provocam forte ritmo de recuperação dos preços das carnes de frango e suína neste início de ano, o que deve favorecer a demanda por carne bovina no curto prazo. A demanda doméstica continua desafiadora, pois o período de queda sazonal no consumo interno somado a novos patamares recordes de preços da carcaça bovina tem provocado impacto direto nas margens do setor produtivo. Mesmo o mercado interno representando cerca de 70% da produção total, o cenário de forte demanda para a exportação e queda no consumo interno tem elevado a participação do mercado externo na precificação do boi gordo. A exigência chinesa para compra de gado de até 30 meses tem elevado ainda mais a competição entre os frigoríficos e sustentado os altos preços.

Com o aumento da oferta em algumas regiões de gado terminado a pasto e vacas de descarte, aliado à recuperação sazonal da demanda, um cenário de maior pressão nas cotações pode ocorrer, mas de forma limitada. Os pecuaristas têm resistido às pressões e mantendo os bois no pasto como estratégia. Dados parciais de exportação em março mostram que os embarques de carne bovina continuam fortes, com aumento de 60% no volume diário embarcado e 105% de incremento em valor. A projeção indica um cenário de recuperação nas vendas externas entre 4% e 5%, em comparação com 2021. Estados Unidos, Egito, Chile e Emirados Árabes, que elevaram a demanda pela carne brasileira com a suspensão parcial da China, mantiveram os níveis de compra mesmo com o retorno do país asiático, o que tem impulsionado os embarques.

No mês passado, o volume embarcado foi de 175 mil toneladas, aumento de 42% com relação a fevereiro de 2021. Em faturamento, o incremento é ainda maior, de 75% (ou US$ 965 milhões), consolidando como o melhor fevereiro da história para as exportações. A China elevou as importações brasileiras em 18% no comparativo anual e se mantém como principal destino, representando 42% de volume embarcado e 50% de todo faturamento até fevereiro de 2022. Os Estados Unidos e o Egito vêm em seguida com participação de 11% e 9%, respectivamente. No acumulado do ano, o aumento é de 34% em volume e 61% em valor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.