30/Mar/2022

Segundo o Itaú BBA, a menor oferta de milho ucraniano deve afetar o setor de proteína animal no Brasil. Há um otimismo com a colheita da 2ª safra de milho de 2022, que deve ocorrer entre junho e julho, mas a oferta do grão no cenário mundial é preocupante. No caso dos suínos, os produtores estão reduzindo a produção. A oferta está elevada no País em virtude do forte crescimento que o setor já vinha registrando desde o ano passado. No entanto, os suinocultores passaram a diminuir a produção, já que a China, importante importador, passou a dar sinais de redução nas compras de carne suína no mundo todo. Há um movimento de descarte de matrizes e redução de alojamentos no País.

O início de um processo de desinvestimento eleva a oferta em um primeiro momento, mas que se reduz ao longo do tempo. Esse movimento deve fazer com que os preços caiam. A relação de custos de produção e preços dos suínos estão descolados, mas o setor tem atuado para conter ou reduzir essas perdas. No caso da carne de frango, os relatos de casos de gripe aviária nos Estados Unidos podem beneficiar o Brasil, caso haja alguma redução de oferta na região. Assim como a ausência da Ucrânia, que também é um mercado exportador importante, ocupando a 6ª posição mundial. Os preços do frango já estão reagindo, e esse movimento deve continuar.

Ainda falta equalizar as margens, mas a previsão é de que isso vai acontecer em breve. O setor de ovos está se adequando às questões de custos, assim como os de aves de corte. Diante desta conjuntura, o primeiro semestre de 2022 está sendo difícil para o setor de proteínas por causa dos custos de produção elevados. Quantos às margens, tudo vai depender de como as empresas se prepararam para atravessar mais um ano bastante complicado. Em compensação, a situação pode melhorar com a entrada do milho 2ª safra de 2022 e se a guerra terminar, apesar de um cenário de muitas incertezas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.