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28/Mar/2022

Boi: preços estão recuando devido à fraca demanda

O movimento de alta nos preços do boi gordo começa a se desacelerar, com o mercado físico registrando quedas em algumas regiões pecuárias. Com escalas de abate confortáveis e o lento escoamento de carne bovina no atacado, os frigoríficos reforçam a pressão sobre os preços. Por outro lado, a oferta restrita e a demanda externa firme devem segurar quedas maiores no longo prazo. As escalas atendem, em média, a 10,34 dias no País. Goiás lidera com escalas que atendem, em média, 13,43 dias. Na sequência estão São Paulo (11,13 dias), Rondônia e Pará (11 dias), Minas Gerais (10,25 dias), Mato Grosso do Sul (9,42 dias), Mato Grosso (9 dias) e Tocantins (7,50 dias).

Em São Paulo, a pressão de baixa se repete. Os compradores têm indicado preços menores para todas as categorias. A maior oferta de fêmeas, por exemplo, resulta em queda na cotação da vaca gorda, que está sendo negociada a R$ 295,00 por arroba a prazo. O boi gordo e novilha gorda estão cotados, respectivamente, a R$ 337,00 por arroba a prazo e a R$ 330,00 por arroba a prazo. A decisão da China de suspender as importações de carne bovina da unidade da JBS em Mozarlândia (GO), sem sinalizar, porém, quando os negócios podem ser retomados, contribui para que as indústrias pressionem o mercado, indicando preços menores em Goiás. Assim, o boi gordo está cotado a R$ 310,00 por arroba a prazo; a vaca gorda é negociada a R$ 285,00 por arroba a prazo; e a novilha gorda está cotada a R$ 305,00 por arroba a prazo.

Em Minas Gerais, o boi gordo registra recuo, negociado a R$ 300,00 por arroba. A queda no Estado deve-se ao fato de que a região ser caracterizada por direcionar maior parte de sua produção ao mercado doméstico, que segue fraco e desaquecido e com pouco vigor para absorver a oferta aos preços indicados anteriormente. Em São Paulo, no atacado, apesar do período do mês indicar menor consumo de carne bovina, tipicamente pelo menor poder de compra na segunda quinzena do mês, a competitividade dos cortes bovinos vem avançando quando comparada a proteínas substitutas, sobretudo carne de frango, que vem registrando fortes incrementos nos preços. Com isso, o traseiro do boi permanece cotado a R$ 24,60 por Kg.