25/Mar/2022

O mercado físico do boi gordo segue registrando lentidão, já que a indústria conseguiu alongar as escalas de abates. Além disso, a demanda interna por carne bovina patina. Este ritmo lento no mercado deve se manter até o final do mês, já que grande parte das unidades de abate conta com escalas minimamente adequadas até a próxima sexta-feira (1º/04). De forma geral, vai se consolidando um ambiente focado em atender as exportações, enquanto o consumo doméstico de carne bovina segue fraco e sem perspectivas de uma retomada mais consistente no curtíssimo prazo.

Do lado da oferta, ainda há dificuldade em se originar bovinos a preços mais baixos. Apesar de o tíquete médio da carne bovina exportada neste mês estar em US$ 5.893,50 por tonelada, valor 27,8% superior ao praticado em março de 2021, há fatores que acendem o sinal de alerta na cadeia, como a desvalorização do dólar frente ao Real, a guerra na Ucrânia e a suspensão de plantas brasileiras em exportar carne bovina à China.

Em São Paulo, o descarte de fêmeas, típico para o período, começa a se refletir nas cotações. A vaca gorda está cotada a R$ 296,00 por arroba a prazo. Para a novilha gorda a cotação permanece estável, mas há relatos de oferta de compra a preços abaixo da referência de R$ 330,00 por arroba prazo. O boi gordo que atende o mercado interno e externo se mantém estável, negociado a R$ 336,00 por arroba a prazo. Contudo, as recentes quedas da cotação do dólar podem mudar as estratégias de compra das indústrias exportadoras.

Em Mato Grosso, o boi gordo é negociado a R$ 306,00 por arroba a prazo. A vaca gorda e a novilha gorda são negociadas, respectivamente, a R$ 292,00 por arroba a prazo e a R$ 296,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, o menor ímpeto dos compradores e o consumo fraco no mercado doméstico mantêm as cotações estáveis, a R$ 310,00 por arroba para o boi gordo, R$ 290,00 por arroba para vaca gorda e R$ 298,00 por arroba para novilha gorda (preços a prazo).