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24/Mar/2022

Suíno: poder de compra é o pior para mês de março

O poder de compra dos suinocultores de Santa Catarina e de São Paulo frente ao milho e ao farelo de soja, importantes insumos consumidos na atividade, aumentou nesta parcial de março frente ao mês anterior. No entanto, apesar dessa reação, o cenário atual ainda é o pior para um mês de março em toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2004. Os preços dos suínos registraram altas entre o fim de fevereiro e o início de março, mas as cotações do milho e do farelo, que já estavam em patamares elevados, também subiram no período, resultando em um contexto bastante desafiador ao produtor independente.

Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), na média parcial de março, o suíno vivo é cotado na média de R$ 6,08 por Kg, avanço de 10,6% em relação a fevereiro. Em Santa Catarina, na região oeste, o suíno é negociado a R$ 5,56 por Kg, em média, alta de 12% frente ao mês anterior. Para o milho, o Indicador ESALQ/ BM&F (Campinas, SP) registra média de R$ 101,50 por saca de 60 Kg nesta parcial de março, alta de 4,8% em relação ao mês anterior. Na região de Chapecó (SC), a valorização é de 4%, com o cereal cotado a R$ 104,89 por saca de 60 Kg na média parcial do mês.

A demanda internacional pelo produto brasileiro e o aumento dos preços externos têm impulsionado as cotações domésticas do milho. Quanto ao farelo, os preços seguem em alta, impulsionados pela firme demanda interna e por perspectivas de aumento também da procura externa pelo derivado nacional. Na parcial de março, o farelo é negociado na média de R$ 3.019,32 por tonelada na região de Campinas (SP), aumento de 5,5% em relação à de fevereiro. Na região de Chapecó (SC), a média está em R$ 2.935,47 por tonelada, avanço de 5,3% no mesmo comparativo.

Assim, considerando-se o suíno comercializado na região produtora de São Paulo e o Indicador ESALQ/BM&F do milho em Campinas (SP), é possível ao suinocultor paulista a compra de 3,61 Kg do cereal com a venda de 1 Kg de suíno na média parcial de março, alta de 6% frente a fevereiro, porém, a menor quantidade para um mês de março nessa região considerando-se a série mensal histórica do Cepea. Em Chapecó (SC), é possível ao produtor a compra de 3,18 Kg de milho, avanço de 7,8% no comparativo mensal, mas também o menor volume já registrado na região em um mês de março.

De farelo de soja, é possível ao suinocultor de São Paulo a compra de 2,02 Kg com a venda de 1 Kg de suíno na parcial deste mês, alta de 5,2% frente a fevereiro, mas o menor volume para um mês de março. Para o produtor de Santa Catarina, o aumento no comparativo mensal é de 6,6%, sendo possível a compra de 1,89 Kg de farelo com a venda de 1 Kg de suíno na média parcial de março, também a menor quantidade para o mês na região de Chapecó. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.