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23/Mar/2022

Boi: preço estável em mercado pouco movimentado

A estabilidade de preços predomina no mercado físico do boi gordo, com a ausência de frigoríficos nas compras. Escalas de abate confortáveis explicam a baixa demanda por bois terminados. Mesmo assim, em várias regiões os preços se estabilizaram em patamares altos, já que o cenário de oferta restrita persiste.

A retenção de fêmeas continua limitando a quantidade de bois disponíveis para abate, mas as boas condições das pastagens também têm feito com que pecuaristas retenham a boiada por mais tempo na engorda. A redução das chuvas nas próximas semanas, porém, pode começar a reverter isso. A expectativa é de que a chegada do clima mais seco force os produtores a retirarem os bois das pastagens e ofertá-los no mercado. Se no mercado interno a demanda por carne bovina segue fraca, as exportações continuam aquecidas, o que também contribui para a firmeza de preços.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o Brasil exportou, nas três primeiras semanas de março, 9,309 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada por dia, 60% a mais que as 5,818 mil toneladas por dia observadas em março de 2021. Na comparação diária, o valor de US$ 5,89 milhão é 27,7% maior do que a média diária de US$ 4,61 milhão de um ano antes. No acumulado das três semanas de março, o volume embarcado para outros países foi de 121,028 mil toneladas e a receita de US$ 713,27 milhões.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 333,00 e R$ 335,00 por arroba à vista. Em Goiás, há maior oferta de boiadas, o que pressiona os preços da vaca gordo, mas o boi gordo segue estável, a R$ 315,00 por arroba a prazo. A vaca gorda está cotada a R$ 293,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, a carcaça de bovinos castrados está cotada a R$ 20,71 por Kg. A carcaça de bovinos inteiros é negociada a R$ 19,53 por Kg.