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18/Mar/2022

Boi: preço estável em mercado com baixa liquidez

A estabilidade de preços prossegue no mercado físico do boi gordo. A falta de apetite da ponta compradora, aliada à baixa disponibilidade de bois para abate mesmo com a volta das chuvas, mantém estacionada a cotação dos bovinos terminados. Algumas baixas pontuais, porém, estão sendo registradas. A ausência de players nos negócios também é causada pela queda de braço entre pecuaristas e frigoríficos em relação ao preço. Os pecuaristas, fundamentados pelas altas dos custos de produção, optam por aguardar melhores condições de preços, enquanto os frigoríficos enfrentam dificuldade em repassar eventuais altas ao consumidor final diante do fraco consumo interno.

O embate entre as duas pontas deve seguir como pano de fundo pelo menos no curtíssimo prazo. Do lado da oferta, as chuvas recentes na faixa do Centro-Norte do País foram favoráveis para os pastos, que contam com boa disponibilidade de massa verde, dando a possibilidade aos pecuaristas de reterem a boiada em suas propriedades e especular melhores condições de preços. Com isso, as indústrias na região optam por limitar as compras de gado, o que encurta pontualmente suas escalas de abate. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 340,00 por arroba a prazo. Os negócios de exportação ocorrem a R$ 345,00 por arroba.

No Pará, as chuvas estão intensas nos últimos dias, dificultando a composição das escalas de abate. Com isso, há aumento no preço pago pela arroba dos bovinos destinados ao abate, a R$ 298,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, o boi gordo é negociado a R$ 308,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, os cortes de traseiro registram recuo. Este fator é fundamentado pela sobre oferta observada nos estoques de distribuidores, diante dos volumes adquiridos ao final da semana anterior, quando o mercado tinha expectativas de uma retomada mais consistente do consumo doméstico. Assim, o traseiro do boi permanece cotado a R$ 24,60 por Kg, enquanto o dianteiro é negociado a R$ 17,10 por Kg.