18/Mar/2022

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), embora a guerra na Ucrânia provoque um ambiente de incertezas no setor, a perspectiva com as vendas de suplementos minerais para a pecuária no Brasil é de crescimento de, pelo menos, dois dígitos em 2022. O crescimento deve continuar neste ano, no mínimo como no ano passado. Caso não haja nenhum impacto, será possível crescer como em 2020.

Em 2021, a expansão do setor só não foi maior em virtude do embargo das exportações de carne bovina brasileira para a China, que durou pouco mais de três meses. No ano passado, as vendas de suplementos minerais para a pecuária no Brasil cresceram 6,6% ante 2020, somando 2,55 milhões de toneladas. No período, o número de animais atendidos subiu 5,6%, para 68,3 milhões de cabeças. Porém, se o conflito no Leste Europeu não for resolvido nos próximos dias, o setor poderá sentir um impacto muito forte, com a falta de matérias-primas e preços elevados dos insumos.

Houve aumento nos custos em anos anteriores, o que já havia influenciado o setor, mas de maneira mais contida, com o produtor absorvendo esse custo. Os produtores conseguiram ter rentabilidade mesmo investindo mais em suplemento. O produtor pode investir menos caso a guerra não termine. Apesar disso, o setor não terá prejuízos, mas pode perder velocidade de crescimento e ver a redução na adoção de novas tecnologias.

Um dos principais desafio para o setor é o debate com o governo federal sobre a desoneração do setor. Se houver redução de impostos, a tecnologia de setor de minerais chegará a mais produtores, principalmente aos menores, o que vai expandir o mercado e gerar mais divisas ao País. A entidade está trabalhando em um documento para mostrar que é possível aumentar a produtividade do setor sem a cobrança de mais impostos, que é um entrave para o setor crescer. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.