17/Mar/2022

A alta nos preços do bezerro e do boi gordo, observada no mercado pecuário nacional ao longo dos últimos anos e acentuada entre 2020 e 2021, tem levado pecuaristas a segurarem as fêmeas, no intuito de gerar crias. Esse movimento é evidenciado pelo abate dessa categoria em 2021, que registrou o menor número desde 2003. Segundo dados divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram abatidas 9,27 milhões de cabeças de fêmeas (entre vacas e novilhas) em 2021, queda de 14% frente ao ano anterior e o número mais baixo em 18 anos.

Em 2003, foram 7,731 milhões de cabeças. O volume de fêmeas abatidas em 2021 representou 33,77% do total de animais, sendo esta a menor participação também desde 2003. No último trimestre de 2021, especificamente, o volume de fêmeas abatidas somou 1,99 mil cabeças, queda de 8,15% frente ao mesmo período do ano. Também no terceiro trimestre, a participação das fêmeas no abate total chegou a 28,89%, a menor percentagem para esse período desde 2002, quando foi de 27,06%.

Chama a atenção que o recuo na participação de fêmeas ocorreu principalmente pela diminuição no abate de vacas adultas. Em 2021, foram abatidas 6,71 milhões de cabeças de vacas, 12,44% a menos que em 2020 e a menor quantidade desde 2003. Em valores absolutos, a queda foi de 954 mil cabeças de 2020 para 2021. No último trimestre do ano passado, o abate de vacas somou 1,45 milhão de cabeças, o mais baixo desde 2002, quando considerados os mesmos períodos de anos anteriores. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.