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16/Mar/2022

Boi: preços estáveis e mercado com baixa liquidez

O mercado físico de boi gordo registra baixos volumes de negócios, enquanto a indústria avalia com cautela as vendas do fim de semana para traçar novas estratégias de aquisição de matéria-prima. O principal fator que limita a evolução da liquidez ainda é a baixa disponibilidade de gado terminado, que também tem mantido a firmeza dos preços. Dando continuidade ao movimento observado nas últimas semanas, a demanda internacional pela proteína brasileira segue forte, puxada principalmente por compras da China e Estados Unidos.

No mercado doméstico, o setor aguardava resultados mais otimistas na primeira quinzena do mês, mas o consumo não teve o ritmo aguardado, o que deve impactar nas tomadas de decisões por parte das indústrias, sobretudo nos preços do boi comum, destinado ao consumo interno. Os pecuaristas seguem atentos à dinâmica dos preços, que registraram variações positivas na última semana, sobretudo fundamentadas pela disparidade dos preços de bovinos para exportação, em relação aos bois destinados ao mercado doméstico, bem como os preços da arroba da fêmea.

Com a alta no preço dos combustíveis no Brasil, o mercado observa com cautela rumores de uma possível paralisação de motoristas de caminhão. Em diversas regiões pecuárias do País, o frete é negociado para evitar esse quadro. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 325,00 e R$ 335,00 por arroba à vista e a R$ 352,00 por arroba a prazo. No Acre, chuvas intensas dificultam o carregamento e o transporte do gado. Uma tendência de encurtamento das escalas tem sido observada devido à dificuldade de entrega dos bovinos aos frigoríficos, tornando-se um ponto de atenção. Em São Paulo, no atacado, a carcaça de bovinos inteiros está cotada a R$ 19,54 por Kg.