15/Mar/2022

No segundo abate em massa do quase findo inverno do Hemisfério Norte, a França deve sacrificar sanitariamente alguns milhões de aves comerciais na tentativa de conter os surtos de gripe aviária que continuam se disseminando pelo país, comunicou o Ministério da Agricultura. Depois que uma onda de casos no Sudoeste levou ao abate de cerca de 4 milhões de aves, novos casos continuaram surgindo em outras regiões francesas. Os mais recentes, detectados desde o mês passado, estão ocorrendo na região de Pays de La Loire, outra importante zona avícola situada na costa Oeste da França.

Até agora, foram abatidas 1,2 milhão de aves, enquanto outros 3 milhões devem ser sacrificados no decorrer desta semana. No caso, segue-se a mesma estratégia adotada no Sudoeste, de despovoar não só as granjas diretamente afetadas, mas todas aquelas situadas em áreas próximas. A Influenza Aviária, comumente chamada de gripe aviária, é normalmente transmitida por aves selvagens no outono e inverno. A cepa altamente contagiosa H5N1 vem se espalhando rapidamente na Europa nos últimos meses, provocando abates massivos em vários países. Como a região do Pays de La Loire é um grande produtor de pintos de um dia, as autoridades avaliam adotar medida excepcional permitindo que continue abastecendo o restante do país, principalmente a região Sudoeste.

A exceção funcionaria por curto espaço de tempo, já que o Sudoeste, superado o lockdown para bloquear a doença, está em vias de retomar as atividades de produção de aves de um dia. Os surtos de gripe aviária aumentaram a pressão sobre os produtores avícolas, que já enfrentam forte aumento nos custos de alimentação devido aos preços recordes dos grãos, em parte ligados à invasão da Ucrânia pela Rússia. A França e a União Europeia prometeram ajuda especial para os setores afetados. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.