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14/Mar/2022

Boi: preços se estabilizam em patamares elevados

A baixa demanda por carne bovina no mercado interno tem mantido a morosidade dos negócios no mercado físico do boi gordo. O consumo doméstico mais fraco de carne bovina segue limitando o repasse de custos pelos frigoríficos que, por sua vez, operam com margens apertadas, enquanto o preço da matéria-prima continua firme. Além disso, o fluxo de negócios evolui de forma tímida, com boa parte dos volumes comercializados sendo direcionada para destinos internacionais. O cenário para o mercado do boi é positivo, com uma oferta de animais enxuta e exportações em ritmo forte, além de uma perspectiva de reação no consumo doméstico. A entrada de massa salarial, volta às aulas e reabertura dos comércios criam uma expectativa de firmeza na demanda.

Apesar de o boi gordo já estar em patamares elevados, ainda há espaço para altas pontuais em algumas regiões do País. Outro fator que fundamenta tais perspectivas é a escalada dos preços das proteínas concorrentes, sobretudo carne de frango, que registra aumentos de quase 15% nas duas últimas semanas no atacado. Este fator favorece a competitividade da carne bovina por acirrar a disputa pelo consumo. Quanto à oferta, há condições distintas entre as regiões do País. Na Região Sudeste, há dificuldade em originar bovinos devido à necessidade de atender a demanda externa. As indústrias avançam buscando novos lotes nos Estados vizinhos, e chegam até regiões no Maranhão, Tocantins e Pará.

Em São Paulo, o boi gordo é negociado entre R$ 335,00 e R$ 343,00 por arroba à vista e a R$ 348,00 por arroba a prazo. O ágio para bovinos que se encaixam no padrão de exportação é de R$ 15,00 a R$ 20,00 por arroba. As escalas de abate no Estado atendem, em média, a 11 dias. Em Minas Gerais, o avanço das escalas de abate pressiona os preços. O boi gordo está cotado a R$ 313,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 315,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, percebe-se um aumento na procura por parte dos distribuidores e varejistas. Há expectativa de recuperação do consumo. Os preços, contudo, permanecem estáveis. O traseiro está cotado a R$ 24,60 por Kg e o dianteiro, a R$ 17,10 por Kg. As ofertas permanecem regulares, com os estoques nas indústrias ajustados.