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10/Mar/2022

Boi: preços sustentados com oferta restrita no País

A comercialização de gado terminado evolui de forma pontual no mercado físico. Grande parte dos acordos tem sido feita por indústrias exportadoras. As empresas cujo foco permanece no mercado doméstico operam com margens mais apertadas e aguardam a melhora do consumo para atuar de forma mais ativa na aquisição de bovinos. No mercado físico, a oferta restrita de boiadas gordas sustenta os preços da arroba nos patamares atuais, o que vem dificultando o repasse de custos dos frigoríficos para a carne vendida no atacado.

Por outro lado, a sustentação das cotações mantém positivas as margens dos pecuaristas, que precisam lidar com o encarecimento dos insumos, como boi magro, milho e farelo de soja. Em São Paulo, o boi gordo registra alta, negociado entre R$ 333,00 e R$ 343,00 por arroba à vista. No caso de bovinos mais jovens, que atendem aos requisitos para exportação, a cotação é de R$ 350,00 por arroba. No restante do País, a estabilidade predomina. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 326,00 por arroba à vista.

Em Mato Grosso, a dificuldade em manter a programação de abates resulta em alta nas cotações e o boi gordo é negociado a R$ 309,00 por arroba a prazo. Neste início de mês, é esperada reação nas compras de carne bovina no mercado atacadista, em razão do pagamento de salários. A conjuntura de crise econômica, porém, somada ao período de Quaresma, quando o consumo de proteína bovina costuma arrefecer, limita a recuperação do mercado interno. A perspectiva para a demanda externa continua positiva.