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04/Mar/2022

Boi: guerra deve elevar custo da pecuária no Brasil

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia não trouxe, ao menos no curto prazo, grandes impactos sobre a cadeia brasileira de carne bovina. Apesar de a Rússia já ter se configurado, em 2014, como o maior destino da proteína brasileira, o país reduziu as aquisições desde então, sendo, em 2017, o quinto maior destino e, em 2021, caiu para a oitava posição. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram 35,356 mil toneladas de carne bovina embarcada à Rússia de janeiro a dezembro de 2021, volume 40,1% inferior ao exportado no ano anterior.

A quantidade embarcada à Rússia ao longo de 2021 representou apenas 1,92% do total exportado pelo Brasil naquele ano. De 2019 para 2020, o país diminuiu as aquisições em 4,8%. Evidentemente, as vendas brasileiras à Rússia poderiam até voltar a se aquecer neste ano, principalmente diante da aproximação comercial entre os dois países. Agora, a maior preocupação de agentes nacionais refere-se aos fertilizantes, tendo em vista que a Rússia é um dos maiores fornecedores deste insumo ao Brasil.

Esse cenário pode, por sua vez, elevar os custos de produção da pecuária nacional. Outro fator de influência deste conflito é sobre os preços dos grãos. A Rússia e a Ucrânia estão entre os maiores produtores mundiais de trigo, mas com relevância ainda mais expressiva na oferta de excedentes para transações externas. Com a guerra, os preços internacionais do trigo dispararam, influenciando também os valores de outros grãos, como milho e soja, que são bastante utilizados na pecuária brasileira. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.