24/Fev/2022
Mesmo com as recentes altas nos preços do suíno vivo, a média da parcial de fevereiro ainda é menor que a de janeiro, devido às desvalorizações registradas no início deste mês. Dessa forma, o poder de compra de suinocultores frente aos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, vem apresentando novo recuo na parcial de fevereiro, acumulando cinco meses de consecutivas quedas. Com relação ao farelo de soja, a situação do suinocultor é agravada pela valorização do derivado. Considerando-se o suíno vivo comercializado no mercado independente de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e o farelo de soja negociado na região de Campinas (SP), o produtor consegue adquirir 1,9 Kg do derivado com a venda de 1 Kg de suíno na parcial de fevereiro, a menor quantidade em mais de nove anos, sendo 6,6% abaixo da verificada em janeiro/2022 e 24% inferior à de fevereiro/2021.
Em Santa Catarina, na região de Chapecó, é possível ao suinocultor adquirir 1,75 Kg de farelo de soja com a venda de 1 Kg de suíno vivo, quedas de 10,1% frente ao volume de janeiro/2022 e de 31,2% na comparação com fevereiro/2021. No caso do milho, o suinocultor de São Paulo, consegue comprar 3,35 Kg do cereal com a venda de 1 Kg de suíno vivo na parcial deste mês, 31,1% a menos que em janeiro/2022 e 34,5% abaixo da quantidade de fevereiro/2021. Em Santa Catarina, na região de Chapecó, o produtor pode adquirir 2,89 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno, quedas de 5,2% no comparativo mensal e de 45,9% no anual. A baixa oferta de farelo de soja no mercado doméstico tem elevado as cotações.
Na região de Campinas (SP), o derivado tem preço médio de R$ 2.848,95 por tonelada na parcial de fevereiro, alta de 4,6% frente ao do mês anterior, mas queda de 0,7% em relação ao de fevereiro/2021, em termos nominais. Em Chapecó (SC), a valorização mensal é de 6,9%, com o farelo cotado a R$ 2.771,00 por tonelada na média da parcial de fevereiro, valor 6,3% abaixo do observado no mesmo mês de 2021. A valorização do milho é motivada pela expectativa de menor produção. O Indicador ESALQ/BM&F (Campinas - SP) tem média de R$ 96,82 por saca de 60 Kg na parcial de fevereiro, leve aumento de 0,8% frente a janeiro e 15,4% acima da média para fevereiro/2021, em termos nominais. Para o cereal comercializado no mercado de lotes de Chapecó (SC), a elevação mensal é de 1,8%, cotado a R$ 100,84 por saca de 60 Kg, 18,4% maior que a do mesmo mês de 2021. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.