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21/Fev/2022

Boi: preços seguem estáveis em mercado travado

Os preços do boi gordo seguem relativamente estáveis nas principais regiões pecuárias do País. O que mantém os negócios travados é a menor pressão de compra de gado terminado pelos frigoríficos, o que, por sua vez, reflete a inconsistência do mercado doméstico de carne bovina. A baixa disponibilidade de bois prontos para o abate, por outro lado, sustenta os preços da arroba em altos patamares e influencia em leves aumentos em alguns Estados. De modo geral, a situação em grande parte do Brasil é de indústrias adaptando suas escalas de abate para menores volumes diários, a fim de não alongar suas programações, enquanto pecuaristas lidam com altos custos de produção. Há problemas e gargalos em toda a cadeia de produção de animais, desde cria, recria e engorda do animal associado aos gastos com ração.

O poder de compra do pecuarista caiu em fevereiro frente a janeiro. A queda de 4,7% em relação à média do mês passado foi influenciada, em grande parte, pelas altas significativas na cotação do farelo de soja, cuja produção foi afetada pelo clima desfavorável na Região Sul do Brasil. A expectativa é de que o mercado de soja e de seus derivados se mantenha firme. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 331,00 por arroba à vista e a R$ 340,00 por arroba a prazo. No Rio de Janeiro, as fortes chuvas que assolam o Estado têm atrapalhado o carregamento de bovinos, dificultando a composição das escalas de abate. Assim, o boi gordo registra alta, para R$ 315,00 por arroba a prazo. Com uma situação similar, Tocantins registra precipitações abundantes. Por ora, os preços dos bovinos destinados ao abate permanecem estáveis.

Em Mato Grosso, a oferta aumentou, mas as indústrias continuam operando de forma cadenciada na obtenção de gado para abate, limitadas apenas a atender as operações pontuais, sobretudo aquelas destinadas ao mercado externo. O boi gordo está cotado a R$ 305,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes da carne bovina seguem estáveis, refletindo a inconsistência da demanda doméstica, bem como a oferta em processo de equilíbrio na cadeia de produção diante dos abates regulados. O dianteiro e a ponta da agulha estão cotados a R$ 17,10 por Kg, enquanto o traseiro segue em R$ 24,60 por Kg. Há evolução de pressão baixista por parte dos distribuidores e varejistas, ao passo em que os estoques seguem ainda superiores à procura.