21/Fev/2022

No Rio Grande do Sul, nas regiões mais afetadas pela estiagem, a alimentação das vacas está baseada praticamente na oferta de ração, sendo que o pouco volume de silagem de milho produzido nesta safra já foi praticamente consumido. A falta de água também é muito grave, sendo limitante para a dessedentação das vacas e para a limpeza dos equipamentos de ordenha. Na regional de Bagé, na Fronteira Oeste, em Itacurubi, foi retomada a coleta de leite em algumas propriedades após período de semanas com incidência de Leite Instável não Ácido (LINA). Na região da Campanha, as temperaturas amenas foram benéficas para o conforto térmico do rebanho leiteiro.

Na região de Santa Rosa, a falta de chuva e as temperaturas elevadas seguem provocando a queda na produtividade de leite. Mesmo em áreas com pastagens irrigadas, não está sendo possível suprir a demanda por água, pois os reservatórios estão muito baixos. Com a falta de pastagens, muitas famílias estão utilizando as reservas de silagem para alimentação das vacas, comprometendo os estoques que seriam utilizados durante o vazio forrageiro. Nas regionais de Porto Alegre e Caxias do Sul, as pastagens cultivadas e o campo nativo reagiram bem às chuvas das últimas semanas, mas ainda há necessidade de suplementar a alimentação.

Na região de Passo Fundo, os rebanhos retomaram a produção e começaram a recuperar o escore corporal após as reduções causadas pela estiagem recente. Na região de Ijuí, a redução do preço pago ao produtor, aliada a diminuição da produtividade por animal, está comprometendo a rentabilidade da atividade. O preço médio do leite no Estado é de R$ 1,92 por litro, o que representa um aumento de 1,59% em relação à última cotação. A variação nos preços recebidos pelos produtores deve-se a diferentes variáveis, entre elas o volume comercializado, as bonificações por quantidade e a qualidade do leite, de acordo com os parâmetros normatizados para o produto. Fonte: Emater-RS. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.