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17/Fev/2022

Carne suína: competitividade recorde frente à bovina

Apesar de os preços de todo o setor suinícola apresentarem forte reação nesta semana, quando considerada a média da parcial deste mês, ainda se observa forte queda em relação à média de janeiro e à de fevereiro/2021. A diminuição no valor médio mensal da carne suína, por sua vez, é mais intensa que as desvalorizações registradas para as proteínas concorrentes, a bovina e a de frango. Esse contexto levou o preço da carne suína a registrar competitividade recorde frente à proteína bovina e uma das maiores da série na comparação com a carne de frango. Vale lembrar que a competitividade da carne suína é beneficiada quando o valor desta se distancia do da bovina e se aproxima do de frango.

Em São Paulo, no atacado, na primeira quinzena de fevereiro, a carcaça casada bovina foi negociada, em média, a R$ 13,62 por Kg acima da carcaça especial suína, aumento de 4% em relação à diferença observada em janeiro e 39,4% acima da de fevereiro/2021, em termos reais (deflacionados pelo IPCA de janeiro/2022). A diferença atual também é a maior da série histórica real, iniciada em 2004. No caso do frango inteiro resfriado, a carcaça suína foi cotada a R$ 1,94 por Kg acima da proteína avícola na média da primeira quinzena, diferença 10,9% menor que a observada em janeiro e 60,8% abaixo da de fevereiro/2021, em termos reais. Trata-se da menor diferença em três anos.

No mercado suinícola, a crise de oferta no setor, desde o suíno para abate até os cortes no atacado, tem pressionado de forma consecutiva as cotações. Na média da primeira quinzena de fevereiro, a carcaça especial foi comercializada a R$ 7,69 por Kg, recuo de 7,3% no comparativo mensal e de 32,4% no anual, em termos reais. Para a carne bovina, na primeira metade de fevereiro, a carcaça casada foi negociada à média de R$ 21,31 por Kg, queda de 0,42% frente à de janeiro e 3% inferior à de fevereiro/2021, em termos reais (neste caso, os valores foram deflacionados pelo IGP-DI).

Quanto ao mercado da carne de frango, justamente a competitividade comprometida da proteína frente às concorrentes tem limitado a liquidez doméstica, ao mesmo tempo em que as exportações também seguem lentas. De janeiro a parcial de fevereiro, o frango inteiro resfriado registra desvalorização de 2,1%, com média de R$ 5,75 por Kg na primeira quinzena do mês, sendo, ainda, 10,5% menor que a de fevereiro/2021, em termos reais. Para os cortes, as elevações nos valores são menos intensas, conforme agentes buscam manter a liquidez dos produtos no mercado doméstico. O carré registra alta de 3,2% nos últimos sete dias, a R$ 10,28 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.